Ivanilde Nascimento é diabética e realiza acompanhamento por meio do Programa Hiperdia há dez anos. Ela descobriu que tinha a doença crônica quando precisou se submeter a uma cirurgia. Nos exames pré-operatórios, veio o diagnóstico de pré-diabetes. Desde então, faz o acompanhamento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Amadeu Vivácqua e na UBS Maria Bico Doce, no São Félix.
“Faz dez anos que tomo a medicação, tomo insulina e eu pego essa medicação aqui nesse posto. O tratamento significa muito porque, sem esse acompanhamento, essa medicação, a insulina, é muito perigoso para o diabético não ter um acompanhamento, não tomar a medicação. É muito importante porque nem todo mundo pode comprar, ainda mais quando é uma medicação cara. Tem gente que não pode. Os profissionais são bem preocupados com a gente”, comenta Ivanilde.
Atualmente, ela toma a insulina injetável e a medicação duas vezes e passa com o médico uma vez a cada seis meses para renovar a receita. Nesse período, ela já passou por nutricionista e endocrinologista, tudo por meio do Hiperdia.
“Mas se a diabetes aumenta, eu me sinto mal, não estou conseguindo controlar em casa, eu corro para o postinho e só saio quando eles controlam. Minha mensagem é que as pessoas se cuidem porque diabetes é uma doença silenciosa, ela vai matando e a pessoa não sente. Eu já vi amiga que perdeu a vida. Então, se cuidem, alimentação, a medicação é muito importante. A mensagem é que se cuidem porque viver é bom”, explica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 16 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos com diabetes, ocupando a 5ª posição mundial. A doença consiste na não produção ou utilização inadequada da insulina pelo corpo, causando acúmulo de açúcar na corrente sanguínea. Quando o corpo tem açúcar elevado por um período longo de tempo, pode causar danos em órgãos como os rins, por exemplo, como explica o médico Rayan Sampaio, da UBS Amadeu Vivácqua.
“A insulina é produzida pelo pâncreas, pelas células betapancreáticas. E quando há essa dificuldade na produção ou ação dela, acaba ocasionando um excesso de glicose dentro da circulação e, com esse aumento de glicose, podem ocorrer efeitos deletérios para o organismo, complicações que têm que ser controladas, rastreadas e acompanhadas”, afirma o médico.
Perda de peso, diurese excessiva, sede excessiva, fome além do normal, fraqueza, dormência dos membros, sensação de agulhamento e quentura são alguns dos sintomas da doença. A doença também pode causar complicações micro e macrovasculares, resultando em cegueira, amputações de membros, insuficiência renal e lesões nos vasos sanguíneos e risco de AVC e infarto.
Pessoas acima de 35 anos, que tenham sobrepeso e histórico da doença na família estão entre os grupos que precisam ser rastreados para a doença.
“É por isso que a gente precisa de um acompanhamento desse paciente que já tem o diagnóstico, fazer o acompanhamento médico, controle com suas medicações e com seu estilo de vida para que ele possa alcançar o controle total desse tratamento”, reforça o médico.
O Diabetes Tipo 1 é resultado de uma doença autoimune em que a pessoa nasce com deficiência nas células betapancreáticas que produzem a insulina. O Diabetes Tipo 2 é resultante de um estilo de vida sedentário, sem alimentação saudável, com sobrepeso, somado a outros fatores de risco.
Nesse sentido, a alimentação equilibrada, rica em proteínas e com melhores carboidratos; a prática de exercícios físicos; e o controle do peso são essenciais para prevenir a doença e diminuir os índices glicêmicos para quem é diabético.
Diante disso, o Hiperdia, programa que atende diabéticos e hipertensos, faz um acompanhamento integral desses pacientes, com consultas, exames e medicações, a fim de propor o melhor tratamento para a realidade de cada um. Atualmente, são 7 mil pacientes diabéticos acompanhados nas UBS do município pelo Hiperdia. O coordenador do Departamento de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Max Rafael Miranda, reforça a relevância do programa.
“Cada dia mais a gente busca a consolidação desse programa e a conscientização da população, seja através da implementação do programa em si e associação com outras coordenações, como a de nutrição, que visa garantir acessibilidade do paciente e adesão ao tratamento medicamentoso para evitar que o paciente tenha complicações, visando reduzir o número de internações”, pontua.
Para ter acesso ao Hiperdia, procure a UBS mais próxima.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes
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