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Estudantes do semiárido baiano criam estufa agrícola automatizada
Pensar soluções inovadoras que contribuam para minimizar problemas enfrentados por agricultores familiares do semiárido baiano. Foi com esse objeti...
01/12/2025 14h32
Por: Redação Fonte: Secom Bahia

Pensar soluções inovadoras que contribuam para minimizar problemas enfrentados por agricultores familiares do semiárido baiano. Foi com esse objetivo que os estudantes Mayara Cardoso, Letícia Guanaes e Karllos Avelar, do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, do município de Lagoa Real, orientados pela professora Izis Pollyanna, criaram uma estufa agrícola automatizada com adubação verde para o cultivo de hortaliças. A proposta busca melhorar a qualidade do solo, otimizar o uso da água e fortalecer a produção por meio de tecnologias acessíveis ao pequeno produtor.

Segundo o jovem cientista Karllos Avelar, o principal diferencial da estufa está no nível de tecnologia aplicado ao seu funcionamento, devido ao controle realizado por meio de um aplicativo e ao software empregado. “Enquanto a maioria das estufas tradicionais depende quase exclusivamente de controle e manejo manual, nosso projeto integra automação completa e monitoramento inteligente, ampliando a eficiência produtiva e reduzindo significativamente a necessidade de intervenção constante do agricultor”.

O protótipo tem a capacidade de atenuar os efeitos das variações climáticas e minimizar os impactos de longo prazo causados pela salinidade do solo, desafios comuns no semiárido. “Outro ponto inovador é a incorporação de um banco de dados agrícola, que fornece orientações personalizadas de acordo com as necessidades específicas de cada espécie cultivada. Isso permite que até agricultores com pouca experiência técnica possam tomar decisões mais assertivas, aumentando a produtividade e reduzindo falhas no cultivo”, garante Mayara Cardoso.

Destaque no Bahia Tech Experience (BTX), maior evento de inovação do estado, organizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e pelo Sebrae, o grupo pensa em criar uma startup e patentear a ideia. “Estamos concentrados no processo de patenteamento da tecnologia e na formação de uma startup”, destaca Letícia Guanaes. “No futuro, buscamos ampliar essa rede de colaboração, estabelecendo parcerias com universidades, uma vez que recebemos propostas para continuação da pesquisa em campus universitários e institutos federais”, complementa.

A professora Izis Pollyana ressalta a importância da inserção de jovens na educação científica e empreendedora. “Quando os estudantes têm contato com atividades interdisciplinares e com a ciência desde cedo, eles desenvolvem habilidades fundamentais, como pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas e autonomia. Além disso, passam a compreender melhor o mundo ao seu redor e a identificar oportunidades para transformar ideias em soluções reais para sua comunidade”.

Bahia Faz Ciência

A Secti estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br .

Fonte: Ascom/Secti