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Fevereiro Roxo: Estado reforça ações para assistência de pessoas com fibromialgia
Foto: FreepikCerca de 100 mil pessoas possuem fibromialgia em Santa Catarina. É uma síndrome de dor difusa crônica, que vem acompanhada de sintomas...
21/02/2025 16h09
Por: Redação Fonte: Secom SC

Foto: Freepik

Cerca de 100 mil pessoas possuem fibromialgia em Santa Catarina. É uma síndrome de dor difusa crônica, que vem acompanhada de sintomas somáticos, como fadiga, transtornos do humor, sono e cognição. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para controlar os sintomas, já que a doença não tem cura. Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) busca a conscientização para a fibromialgia e reforça a rede de atendimento para dores crônicas no Sistema Único de Saúde (SUS) com cobertura em todo o estado.

A dor crônica é considerada um problema de saúde pública. No país, estudos revelam uma prevalência de dor crônica de aproximadamente 40% e a dor crônica com limitação grave ou generalizada em torno de 5%. Cada pessoa sente dor de maneira e intensidade diferente, sofre influências de fatores biopsicossociais e nas experiências dolorosas físicas e emocionais. Ainda leva ao estresse físico e emocional, além de gerar altos custos financeiros e sociais para a população e serviços de saúde. 

Para aliviar o sofrimento dessas pessoas, a SES publicou a Linha de Cuidado para a Atenção à Saúde das Pessoas com Dor Crônica de Santa Catarina, a qual a fibromialgia está inserida, após a aprovação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). O objetivo foi organizar os serviços de saúde e fortalecer o cuidado integral ao paciente de acordo com as suas necessidades, com o custeio estadual. 

“A Secretaria de Estado da Saúde criou a linha de cuidado para organizar o percurso do paciente dentro dos serviços. A ideia é que todos os pontos da rede de atenção tenham um olhar para as pessoas que têm alguma dor. O cuidado ocorre na Atenção Primária em Saúde. O médico começa a investigar a dor e orienta o paciente a adquirir mudanças no seu dia a dia, como o exercício físico, que é um aliado para os pacientes com fibromialgia, gerando alívio dessa dor. O tratamento não- medicamentoso inclui ainda as práticas integrativas. Além disso, alguns municípios possuem equipes multidisciplinares com psicólogo e nutricionista para auxiliar esses pacientes. A linha de cuidado também traz possibilidade de encaminhamento do paciente com lesões para a reabilitação, criando um vínculo entre a atenção primária e a rede especializada de saúde”, explica a diretora da Atenção Primária à Saúde (DAPS), Angela Blatt Ortiga.

A linha de cuidado da dor crônica também busca atender as necessidades de assistência que constam no Programa Estadual de Cuidados para Pessoas com Fibromialgia no Estado de Santa Catarina. A doença está presente em 2,5% a 5% da população, é predominante em mulheres, em torno de 10 mulheres para cada homem, e o pico de incidência é entre os 30 e 50 anos de idade. 

Assistência no SUS

A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou que lembra a sensação causada por uma lesão tecidual real ou potencial. Se torna crônica quando é  superior a três meses, independentemente da recorrência, intensidade, e implicações funcionais ou psicossociais. Nessa situação, a orientação é buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. 

Na consulta, durante a entrevista do profissional de saúde com o paciente e do exame físico, é possível entender e categorizar a dor que a pessoa apresenta e o que levou à dor crônica. O plano de gerenciamento da dor deve contemplar medidas medicamentosas (RENAME/SUS) e não medicamentosas, como: Práticas corporais; Abordagens psicoterapêuticas; Programas educativos: intervenções e fonte de informações; Práticas Integrativas e Complementares (PICs). 

Os pacientes com risco grave e com necessidade de reabilitação especializada, inclusos também os com dor crônica intratável e fibromialgia, serão encaminhados às Equipes de Reabilitação Especializada de acordo com os critérios técnicos e de risco definidos em protocolo, conforme fluxo. Já estão funcionando os Serviços das Macrorregiões Sul, Foz do Itajaí, Meio Oeste e Serra, e está em fase de contratação o Serviço do Vale do Itajaí, contemplando 5 das 8 macrorregiões. As demais serão contratadas na sequência.

Carteira de Identificação das Pessoas com Fibromialgia 

Desde seu lançamento, em dezembro de 2024, a Carteira de Identificação das Pessoas com Fibromialgia de Santa Catarina já foi emitida para 1500 pessoas. O documento, instituído pela Lei Estadual nº 18.928 de junho de 2024, reconhece as pessoas com fibromialgia como pessoas com deficiência, tendo acesso a diversos benefícios sociais em serviços públicos e privados, especialmente na saúde, educação e assistência social. 

A Carteira é expedida pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Para solicita-la, basta seguir as orientações que constam no site da FCEE acessando AQUI!

Mais informações:
Gabriela Ressel
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
e-mail: imprensa@saude.sc.gov.br