Em um ambiente hospitalar, o assistente social é o profissional que atua como defensor dos direitos dos pacientes, garantindo, assim, que eles tenham acesso a serviços de saúde adequados e que os seus direitos sejam respeitados. No Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza a equipe de Serviço Social faz o acompanhamento dos pacientes desde sua entrada na unidade até a alta.
A referência técnica em Serviço Social do Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza, Shyrlen Pacheco, explicou que as crianças internadas são acompanhadas diariamente com visitas à beira do leito e, através da conversa, são traçadas estratégias de atuação multiprofissional ou o encaminhamento necessário. O trabalho da equipe é por demanda espontânea, com atendimentos diários às crianças e aos acompanhantes. “Todos os dias fazemos visitas pelo dia e à noite. Esse é o momento que temos a oportunidade de conhecer a história do paciente e antecipar situações”, ressalta.
Quem elogiou a assistência do hospital foi a vendedora natural de Rosário do Catete e mãe de paciente, Sueli Melo. “Minha filha deu entrada no hospital com quadro de pneumonia e, desde que chegamos, fomos bem acolhidas. Como ainda não temos previsão de alta, o Serviço Social tem nos auxiliado com algumas questões e necessidades. São todas muito atenciosas”, elogia.
Orientações
De acordo com Shyrlen, a equipe orienta a população usuária em relação aos recursos da rede socioassistencial, trata sobre as normas e rotinas do Hospital da Criança, acessa a rede socioassistencial para agilizar a saída do usuário após alta hospitalar. “Acontece de a família chegar sem a documentação da criança na nossa unidade e orientamos a forma de fazer a certidão de nascimento ou, então, se já existe e houve perda acionamos o Conselho Tutelar”, exemplifica.
As declarações de permanência no hospital para as crianças internadas com data de entrada e saída são, também, feitas pela equipe do Serviço Social para justificar a ausência na escola. “Além disso, podemos ajudar a identificar se a criança com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) atende aos critérios para receber o Benefício de Prestação Continuada mais conhecido como BPC e orientar com relação a documentação necessária”, afirma.
Para a dona de casa e mãe de paciente Jéssika Caroline Barreto, o acompanhamento diário da equipe de Serviço Social é fundamental e facilita o período de internamento. “Através das visitas das assistentes sociais nós, acompanhantes, conseguimos declarações, orientações sobre benefícios ou, até mesmo, alguma resolução para questões do próprio internamento”, relata.
Trabalho em conjunto
O trabalho do assistente social é feito em parceria com psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e redes de apoio à criança. “O nosso trabalho é realizado de maneira multidisciplinar. Se, durante as visitas aos pacientes e seus acompanhantes a gente notar algo, acionamos nossos colegas e atuamos em conjunto”, pontua Shyrlen.
É por meio das visitas diárias que os assistentes sociais identificam algumas questões como seletividade alimentar ou alguma outra questão específica de cada paciente e as situações são adaptadas. É tudo feito de forma conjunta para alcançar os objetivos que é ofertar meios mais dignos para que o cidadão possa conduzir a sua vida da melhor maneira possível.
A assistente social do HC, Vaneide Pereira Santos, acredita que esse trabalho de acolhimento e orientação realizado pela equipe faz diferença, tanto para as famílias quanto para as crianças internadas. “Nas nossas visitas diárias, notamos que os acompanhantes têm muito reconhecimento pelo nosso trabalho. Se, por acaso, houver alguma necessidade ou queixa, levamos para a equipe multidisciplinar para dar um direcionamento e resolução, e isso é muito gratificante”, afirma.
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