A Coordenação de Tabagismo da Secretaria de Saúde de Marabá (SMS) realiza constantemente formações para aperfeiçoar o atendimento do programa anti-tabagismo que ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como Maio é o mês mundial sem tabaco, na quarta-feira, 14, foi promovida uma capacitação para os enfermeiros que atuam nas UBS, no Plenarinho da Câmara Municipal de Marabá.
“O nosso objetivo é de conscientização. Os profissionais da área de saúde estão neste evento hoje com o objetivo de atualização dos protocolos do programa e também capacitação dos nossos profissionais na rede de saúde”, explica Jáfia Reis, coordenadora de Tabagismo da SMS.
Os principais protocolos discutidos tiveram relação com as primeiras sessões dos encontros realizados no âmbito do programa. No primeiro mês, são quatro reuniões por mês; no segundo mês são duas sessões realizadas a cada 15 dias; e a partir do terceiro mês, acontecem reuniões de acompanhamento clínico dos pacientes. Os grupos podem ter entre 5 e 15 participantes.
A capacitação foi realizada com profissionais médicos e a ideia é levar a formação para as UBS a fim de avaliar se os protocolos estão sendo seguidos e se os participantes estão aderindo.
“O usuário pode procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência, onde terá um profissional qualificado para lhe atender e acolher nesse momento. Então, ele terá esse acompanhamento do primeiro dia de atendimento até um ano. São terapias medicamentosas, onde usamos adesivos, goma e bupropiona e também a terapia em grupo”, explana a coordenadora.
Sessões de conversação e interação em grupo e musicoterapia também são atividades terapêuticas utilizadas durante o programa.
“O principal protocolo é o usuário querer parar de fumar. É por isso que a gente fala, se você tem o desejo de parar de fumar, procure uma unidade básica de saúde, lá, você terá toda uma orientação. O programa anti-tabagismo está aberto, ativo nas unidades. Venha fazer parte dessa causa junto com a gente”, reforça.
Há dez anos trabalhando na coordenação de grupos anti-tabagismo em UBS e, atualmente, na Unidade Enfermeira Zezinha, na Folha 23, Elizoneide da Fonseca avalia que a formação é necessária porque o público atendido precisa de apoio e acolhimento. Na experiência dela, a profissional observa que a história e rotina de cada indivíduo tem influências diversas sobre como a pessoa consegue deixar de fumar com mais ou menos facilidade. Elizoneide avalia o impacto do trabalho dela no grupo antitabagismo.
“É bem gratificante porque a gente sabe que a pessoa sabe que precisa parar de fumar, mas ela não consegue. Às vezes, ela tenta vários recursos e não consegue, então, quando a gente vê um grupo que, na maioria, a gente consegue esse objetivo de fazer com que eles parem de fumar, isso é muito gratificante para a gente como profissional porque a gente está ajudando, tanto na questão principalmente da saúde, quanto uma questão pessoal mesmo”, afirma.
De acordo com o último levantamento da SMS, 52 pessoas participam do programa antitabagismo na rede municipal de saúde. Todas as UBS fazem parte do programa e estão aptas a receber as pessoas que querem parar de fumar. Os grupos iniciam quando têm cinco participantes e são acompanhados por profissionais capacitados.
No dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco, já que o consumo do tabaco é um hábito que desencadear várias doenças. Mais da metade dos casos de pacientes com câncer relacionados a tabagismo, resultam em óbito e esse índice chega a 80% em casos de câncer de esôfago. Os dados são da Fundação do Câncer. Só em 2020, o tabagismo foi responsável por mais de 160 mil óbitos, representando 13% do total de mortes no país naquele ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes
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