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Iluminação pública precária é tema de reunião na CLDF

O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) realizou, na quarta-feira (5), reunião pública para debater os problemas e soluções para a iluminação públi...

06/06/2025 às 14h43
Por: Redação Fonte: Agência CLDF
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Foto: Divulgação/Gab. Fábio Felix
Foto: Divulgação/Gab. Fábio Felix

O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) realizou, na quarta-feira (5), reunião pública para debater os problemas e soluções para a iluminação pública no Distrito Federal. O evento contou com a presença da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), representantes da CEB Ipes e da sociedade civil.

Em abril, o parlamentar lançou a campanha “Falta Luz Aqui”, com o objetivo de mapear os locais sem luz e com postes apagados pela cidade. Em pouco mais de um mês, a iniciativa já reuniu cerca de 400 denúncias, de todas as RAs do DF, que estão sendo encaminhadas formalmente à CEB Ipes, solicitando resolução e devolutiva sobre as reclamações dos moradores.

“A gente lançou essa campanha pelo nível de reclamações que nós recebemos na Câmara Legislativa do DF em relação a essa temática. Queríamos entender um pouco quais eram os principais gargalos apresentados pela população em relação ao tema da iluminação pública”, ressaltou Fábio Felix em sua fala inicial.

O deputado reforçou que o tema envolve uma série de outras políticas públicas, como direito à cidade, mobilidade, segurança pública e lazer noturno. “Uma das denúncias que recebemos era sobre a quadra 909 no Cruzeiro. Visitei o local e tanto o espaço de lazer, que tem aqueles aparelhos públicos para exercitar, quanto o parquinho infantil, estavam completamente no escuro. Não tinha ninguém se arriscando lá”, explicou.

Denúncias da população revelam falhas no sistema e falta de transparência

Entre as reclamações coletadas pelo formulário da campanha e debatidas na ocasião, além da falta de postes e postes com luz apagada, estão denúncias sobre as novas lâmpadas de LED, um projeto de eficientização da CEB Ipes, que substitui as lâmpadas antigas, mas que logo apagam. Outro problema amplamente relatado foi em relação ao aplicativo da empresa: o protocolo é registrado e o status aparece como ‘atendido’, mesmo sem a demanda ter sido resolvida, além de outras respostas que não deixam claro por qual motivo a solicitação não foi atendida.

“Em agosto vai fazer um ano que eu fiz a primeira solicitação de reparo. Eu vou ler pra vocês qual foi a resposta da CEB Ipes: ‘Estivemos no local, mas, devido à complexidade do caso, ainda não foi possível atender à reclamação.’ Isso não é uma resposta. A gente precisa de transparência. Então, antes de tudo, além das cobranças, que todos já estão cansados, a gente vê várias prefeituras cobrando insistentemente, mas a gente precisa de transparência nas respostas. Por que meu pedido não foi atendido? Por que é tão difícil trocar uma luminária?”, indagou a prefeita da quadra 216 da Asa Norte, Juliana Magalhães.

Romário Leal, líder comunitário do Capão Comprido, em São Sebastião, também reclamou da falta de manutenção e atendimento da CEB Ipes. “As paradas de ônibus estão todas escuras, especificamente ali na Rua da Gameleira. Dá para contar as lâmpadas que estão acesas. Será que não tem equipe suficiente para poder trocar essas lâmpadas e deixar a cidade mais clara?”, indagou.

CEB Ipes responde e GDF é cobrado por atuação integrada

Segundo o diretor de Operação e Manutenção da CEB Ipes, Paulo Afonso, esse problema já foi resolvido com um novo procedimento que teve início no mês passado. “O resultado que saía no aplicativo de atendimento era um procedimento interno e significava para o pessoal que foi para campo e esteve no local, não que tinha resolvido o problema. Percebemos que estava aumentando a reclamação e mudamos o procedimento. Agora, o protocolo está associado a um e-mail ou a um telefone, e quando o serviço é concluído, vai para o sistema e dispara um e-mail para quem reclamou, com informações se o problema está resolvido ou não está resolvido”, disse.

Sobre a falta de luz no Capão Comprido, Paulo Afonso justificou que, por ser um local que está em fase de regularização, por enquanto é competência da Neoenergia. Ele também explicou sobre a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), taxa que vem mensalmente na conta de luz: não é verba de investimento, é de custeio, ou seja, para pagamento de manutenção e do consumo.

Mauro Landim, diretor de Modernização e Obras, relatou que o furto de cabos de energia é um dos principais problemas que impedem uma iluminação de qualidade no Distrito Federal. “O Plano Piloto representa 36% dos furtos do Distrito Federal. Então, é uma situação muito caótica, que está ocorrendo desde a época da pandemia para cá, que a gente não consegue vencer. É enxugar gelo. A gente ia lá na quadra, fazia a manutenção de manhã, já furtavam os cabos à noite”, explicou.

O deputado Fábio Felix oficiou a Secretaria de Segurança Pública e solicitou dados sobre os furtos e questionou quais medidas estão sendo tomadas para solucionar o problema.

“A questão da segurança pública também é de responsabilidade do Governo do Distrito Federal, que tem que agir de forma integrada em relação ao tema. Porque também existe o problema da arborização e da pavimentação das calçadas, que prejudicam a iluminação se não forem feitas da maneira correta. Então, o que está faltando é a integração entre os órgãos do governo”, destacou Fábio Felix.

“Vamos continuar levantando o tema, fiscalizando a iluminação pública e apurando os problemas que foram apresentados aqui. Além disso, as demandas mais concretas apresentadas a gente também vai cobrar”, finalizou o parlamentar.

* Com informações da assessoria de imprensa do deputado Fábio Felix

Agência CLDF

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