O Ambulatório de Seguimento do Recém-nascido de Alto Risco Maria Creuza de Brito Figueiredo (antigo Follow-up), unidade da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), concluiu nesta sexta-feira, 27, o ciclo de aplicação do imunizante Palivizumabe. O anticorpo é indicado para a prevenção de infecções respiratórias graves em crianças causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Foram cinco doses de aplicação do imunizante, uma a cada mês, sendo iniciado em fevereiro, por meio de técnicos do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie).
Cerca de 60 crianças receberam as cinco doses do Palivizumabe no Ambulatório. O anticorpo é destinado aos bebês prematuros abaixo de 28 semanas de idade gestacional, crianças de até dois anos de idade portadoras de cardiopatia congênita em uso de medicações, e prematuros com displasia broncopulmonar. Na próxima semana, a última dose será aplicada nas maternidades: na terça-feira, 1º, será disponibilizada para os bebês prematuros da MNSL; e na sexta-feira, 4, no Crie.
De acordo com a médica do Crie, Márcia Estela Lopes, o Vírus Sincicial Respiratório é responsável por causar a bronquiolite viral aguda, uma das principais causas de óbito em crianças menores de dois anos. “Em Sergipe, já foi constatado que esse vírus circula mais entre os primeiros meses do ano. Como o tempo de ação do Palivizumabe é de 30 dias, iniciamos a aplicação no final de fevereiro e terminamos agora, fechando o ciclo de cinco doses, uma a cada mês”, explicou.
A secretária escolar Darlete Batista dos Santos, 43, moradora do bairro Santos Dumont, em Aracaju, teve o filho José Joaquim prematuro de 25 semanas. Ele tem quatro meses de vida, mas ficou internado no Complexo Neonatal da MNSL por três meses. “Meu filho precisou fazer diversos procedimentos como cirurgia no intestino e retinopatia. Desde o dia 5 de maio ele recebeu alta e foi encaminhado ao Ambulatório para continuar o tratamento da prematuridade, mas tomou todas as doses do imunizante, sendo três na MNSL e duas aqui no Ambulatório. Tenho conhecimento de que o Palivizumabe pode não evitar totalmente a bronquiolite, mas ameniza os sintomas, então é importante demais permitir a aplicação deste medicamento”, relatou.
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