Com alta de 5,7% entre janeiro e maio, a indústria paranaense foi a segunda que mais cresceu em 2025 no País. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná ficou atrás apenas do Pará (9,6%) no acumulado do ano, além de ter também a segunda maior variação no acumulado de 12 meses, com crescimento de 6,4% entre junho de 2024 e maio de 2025 ante o mesmo período do ano anterior.
O crescimento da indústria paranaense foi mais do que triplo da média nacional, com o Brasil avançando 1,8% no ano. Dos 15 locais avaliados pelo IBGE, oito tiveram variação positiva no período. O Estado também teve o maior aumento da região Sul: Santa Catarina cresceu 4,8% e o Rio Grande do Sul avançou 4,1%.
No acumulado de 12 meses, a alta de 6,4% da indústria paranaense também é superada apenas pela do Pará, que cresceu 9,7%. Na comparação com outros estados, o Paraná fica à frente de Santa Catarina (6,3%), Ceará (3,9%), Mato Grosso (3,6%), Minas Gerais (2,9%) e Rio Grande do Sul (2,8%). O resultado para o período também é o melhor do ano, superando por 0,1% ponto percentual o acumulado entre abril de 2024 e março de 2025, segundo melhor resultado do período (6,3%).
O Paraná teve o terceiro maior avanço na produção industrial em maio, comparado ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento foi de 8,9%, atrás apenas dos 29,1% do Rio Grande do Sul – o que demonstra a recuperação da indústria gaúcha após as enchentes do ano passado – e dos 23,9% de alta do Espírito Santo.
Já na comparação com abril de 2025, o Paraná vai na contramão da indústria nacional, que teve retração de 0,5% de um mês para outro, e apresenta aumento de 1,3%, único da região Sul e apresentar variação positiva no período. Apenas seis dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apontaram taxas positivas no mês: Espírito Santo (16,2%), Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%).
SETORES– A alta em 2025 foi puxada principalmente pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que cresceu 32,8% entre janeiro e maio. Outro avanço significativo foi na indústria automotiva. A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias teve variação de 17,3% no ano.
Outros setores que tiveram aumento na produção foram os de fabricação de máquinas e equipamentos (11,2%); de produtos químicos (13,9%); de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,1%); de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (7,5%); móveis (6,5%); de produtos de minerais não metálicos (4,8%); e de celulose, papel e produtos de papel (1,9%).
As baixas foram nos setores de produtos de borracha e de material plástico (-6,3%); de bebidas (-5,5%); de produtos de madeira (-1,1%); e de produtos alimentícios (-0,2%).
A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos também teve o maior crescimento no acumulado de 12 meses, com avanço de 37,8%. O setor é seguido novamente pela indústria automotiva, que teve alta 26,1%.
O aumento na produção é observado em praticamente todos os setores. Também cresceram as indústrias de móveis (12,6%); de máquinas e equipamentos (10,5%); de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (10,1%); de produtos químicos (7,9%); de produtos de madeira (6,5%); de produtos de minerais não metálicos (4,8%); de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,7%); de bebidas (2,1%); de produtos alimentícios (0,2%); e de fabricação de celulose, papel e produtos de papel (0,2%).
As duas indústrias que mais cresceram nos acumulados do ano e de 12 meses tiveram uma expansão ainda mais significativa se comparado a maio do ano passado. A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos avançou 180,1% de um ano para outro, e o aumento na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias foi de 55,9%.
Outros avanços na variação mensal foram de máquinas e equipamentos (14%); produtos de minerais não metálicos (13,5%); móveis (7,5%); produtos químicos (6,7%); fabricação de produtos de borracha e de material plástico de produtos (6,5%); de metal, exceto máquinas e equipamentos (4,6%); de produtos alimentícios (1,5%); e de celulose, papel e produtos de papel (0,8%).
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