A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (20), os nomes de Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio ( MSF 53/2025 ) e Alex Antonio de Azevedo Cruz ( MSF 38/2025 ) para a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). As indicações seguem agora para deliberação do Plenário.
Guilherme Theo Sampaio pode assumir a diretoria-geral da ANTT, cargo que já ocupa interinamente desde fevereiro, quando terminou o mandato de Rafael Vitale Rodrigues. Sampaio é diretor da ANTT desde 2021, e antes disso era chefe de gabinete da presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele destacou os avanços obtidos pela agência nos últimos anos.
— Promovemos uma transformação na agência em três eixos: regulação, comportamento e tecnologia. O papel das agências é harmonizar os interesses do poder concedente, do regulado e do usuário, garantindo investimentos e tarifas compatíveis — apontou.
Já Alex Antonio de Azevedo Cruz é assessor especial da presidência da INFRA S.A.. Ocupou vários cargos estaduais e municipais na Paraíba e foi diretor-chefe no estado do antigo Departamento Nacional de Produção Mineral, atual Agência Nacional de Mineração (ANM). Ele defendeu a busca por segurança jurídica e eficiência.
— Meu objetivo é ajudar a construir, com esta Casa, com o Ministério dos Transportes, com o TCU [Tribunal de Contas da União], entes federativos, operadores e usuários, o melhor ambiente possível para atrair investimentos e garantir melhorias logísticas — resumiu.
Alertas e expectativas
Na sabatina, os senadores cobraram atenção da ANTT com os problemas de infraestrutura. Eduardo Braga (MDB-AM) reforçou a necessidade de maior eficiência nas concessões.
— Esperamos que a ANTT, sob a administração do Guilherme e do Alex, seja mais ágil, principalmente na repactuação dos contratos de concessão.
O senador Jayme Campos (União-MT) defendeu a importância de escolhas técnicas para os cargos que serão ocupados.
— Tenho dito por várias vezes sobre o papel preponderante que cabe às agências reguladoras no Brasil. Infelizmente muitas vezes temos indicações políticas de pessoas que não são preparadas para exercer o cargo — afirmou.
Jaime Bagattoli (PL-RO) elencou como principais gargalos do país hoje a situação das hidrovias, ferrovias e aviação — esta última, segundo ele, "pode entrar em colapso". Zequinha Marinho (Podemos-PA) pediu aos indicados "cabeça aberta e humildade" e disse que o Brasil precisa de uma agência reguladora "moderna e desburocratizada" na área dos transportes.
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