Governo promove oficina de artesanato para agricultoras familiares da Zona da Mata

Com o objetivo de capacitar e expandir o conhecimento das agricultoras familiares da região da Zona da Mata, ofertando a elas mais uma oportunidade de renda, o Governo da Paraíba, por meio da Central de Beneficiamento e Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária (CBCAFES), equipamento público vinculado à Secretaria Executiva de Economia Solidária, realizou durante três dias a 1ª Oficina de Macramê. O encerramento ocorreu nessa sexta-feira (12), no galpão da Cooperativa de Produção Agropecuária do Assentamento Tiradentes (Cooperat), em Mari, com a entrega dos certificados.

A atividade teve o intuito de fazer um intercâmbio entre artesãs e agricultoras que são assessoradas pelas Casas de Economia Solidária do estado. Ao todo, 32 mulheres dos empreendimentos da Cooperat e da Associação João Pedro Teixeira, de Sapé, aprenderam os primeiros passos da tipologia macramê. A oficina teve a parceria da Cooperat e da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca de Sapé.

Segundo o gerente executivo dos Equipamentos Públicos de Economia Solidária, Pedro Santana, a oficina foi uma importante iniciativa do Governo do Estado, em que proporcionou um intercâmbio de saberes, trazendo uma artesã do equipamento público de Araruna. “Esse intercâmbio de saberes promoveu um aprendizado para essas mulheres, que traz uma emancipação, uma independência por meio do artesanato, da arte, fazendo com que elas gerem renda para as suas famílias e consequentemente traga eficiência para a economia solidária do nosso estado e que cada vez mais a gente possa contribuir e fomentar. Estou feliz com essa iniciativa e que possamos oferecer novas experiências”.

As aulas foram ministradas pela artesã da Casa de Economia Solidária de Araruna, Maria José Gerônimo, que já tem 8 anos de experiência na tipologia do Macramê. “É uma satisfação em fazer parte desse momento grandioso, dessa partilha, porque é para além do conhecimento da técnica; essa oficina vai elevar a autoestima de várias mulheres. Estar trabalhando com elas me faz lembrar que todas vêm de um lugar onde eu já estive, então é fundamental esse convívio social e comercial porque hoje a técnica do macramê está em alta”.

O vice-presidente da Cooperat, Edivaldo Martins, enfatizou a importância da oficina para as mulheres agricultoras dos assentamentos. “Essa oficina vem como uma ferramenta importante para preparar as companheiras para mais uma possibilidade de renda para as famílias que trabalham com a agricultura e que em um outro momento podem vir a fazer esse trabalho do artesanato, ou seja, estão aprendendo uma outra profissão”.

Para a agricultora do Assentamento Tiradentes em Mari, Maria de Fátima Silva, a oficina trouxe um aprendizado a mais fora da agricultura. “Antes a gente não tinha esse conhecimento, e hoje estamos aprendendo, gostei muito, porque eu não conhecia e tinha curiosidade. Foi um momento que a gente saiu de casa, ganhamos novas amizades, eu pretendo continuar”, afirmou.

Andreza Cristina de Lima, de 26 anos, criada no campo plantando, falou empolgada da nova experiência. “Foi uma coisa diferente, inovadora, eu achei que não iria conseguir, mas consegui. E hoje vou levar para o resto da minha vida essa experiência. Estou muito feliz e realizada, porque eu nunca pensei que eu ia conseguir chegar ao ponto de aprender e hoje eu consigo fazer sozinha”.

Vanessa Guilhermino, nascida em família de agricultores no Assentamento Tiradentes, em Mari, comentou: “Essa técnica foi tudo novo. Sou agricultora, cabelereira e agora veio o artesanato; pra mim esses dias foram valiosos. Além de ser uma atividade terapêutica, oferece uma alternativa de renda a mais, porque quando a gente não tiver na agricultura, é uma opção para a gente acrescentar a renda familiar”.