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Gestão: Órgãos municipais intensificam ações para atenuar contratempos do inverno amazônico

O inverno amazônico chegou e os órgãos da Prefeitura de Marabá diretamente ligados às ações referentes ao impacto das chuvas e alagamentos possuem ...

14/11/2025 às 14h03
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Marabá - PA
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Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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O inverno amazônico chegou e os órgãos da Prefeitura de Marabá diretamente ligados às ações referentes ao impacto das chuvas e alagamentos possuem um planejamento a fim de minimizar possíveis transtornos à população. Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM) e Defesa Civil são alguns dos órgãos que atuam nessa frente de trabalho pela cidade.

O serviço de limpeza e manutenção de grotas, cursos d’água, bueiros, valas e drenagens foi intensificado desde o mês de julho com o intuito de antever o impacto do período chuvoso. As equipes do SSAM, que realizam a ação, atuaram em pontos dos núcleos São Félix e Morada Nova, no bairro Francolândia e nos Residenciais Tocantins, Tiradentes, Magalhães, Novo Progresso e Jardim do Éden. Na Marabá Pioneira, o serviço foi executado na grota que passa atrás da Praça Paulo Marabá chegando ao bairro Santa Rosa.

Na Nova Marabá, a Grota Criminosa ganhou especial atenção em toda a sua extensão, além de cursos d’água nas Folhas 01, 05, 06, 14, 20, 21, 33 e nos bairros Araguaia e Nossa Senhora Aparecida.

No núcleo Cidade Nova, a equipe do SSAM realizou a limpeza e desobstrução na grota conhecida como Sal Grosso, localizada no bairro Laranjeiras e que desemboca no balneário Taboquinha.

“As equipes são formadas por duas escavadeiras hidráulicas. A depender do serviço, até quatro retroescavadeiras pequenas, com as caçambas. A depender do volume de resíduo que é retirado, uma escavadeira hidráulica pode ter de duas a quatro caçambas dando assistência. E nós temos também cinco equipes que trabalham na desobstrução de bueiros de maneira mais intensa de julho para cá. Além dessas cinco equipes, quando há necessidade do limpa-fossas e do caminhão-pipa para ajudar na desobstrução a equipe é ampliada”, explica Mancipor Lopes, diretor-presidente do SSAM.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Mancipor Lopes, diretor-presidente do SSAM.

Em algumas localidades como nos Residenciais Tiradentes, Jardim do Éden, Magalhães I e II e Tocantins o serviço acontece de maneira intensificada.

Na quinta-feira, dia 6, houve uma chuva intensa em um curto espaço de tempo. Apesar de ter ocorrido pontos de alagamento, principalmente na Nova Marabá, devido ao trabalho do SSAM, vários pontos que sempre apresentaram alto volume de água não alagaram, como a passagem entre as Folhas 32 e 33, por exemplo.

“O trabalho não parou e vai continuar assim até o inverno firmar. O SSAM está trabalhando, as equipes estão na rua. As equipes deram assistência necessária no momento de maior volume de água. Logo a água foi baixando, as equipes intervieram com limpeza, com remoção de entulho”, ressalta o diretor-presidente do SSAM.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Plano de contigência

Por outro lado, a Defesa Civil Municipal já tem o plano de contingência e de reuniões interagências com órgãos das três esferas de governo a fim de deixar alinhadas as ações a serem tomadas em caso de enchentes. Além disso, o órgão acompanha de perto todas as informações referentes ao clima e ao nível dos rios para dar uma resposta efetiva a qualquer contratempo.

“Já estamos trabalhando com a turma toda, todas essas agências. Então, o sistema está preparado, pronto para responder a qualquer emergência. O monitoramento do nível dos rios, da meteorologia, hidrologia, a gente faz o levantamento diário para emissão de alertas. Caso venha a haver chuvas ou o rio suba abruptamente, a gente está preparado e avisando a população”, informa o coronel Marcis Norat, coordenador da Defesa Civil de Marabá.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Coronel Norat, coordenador da Defesa Civil Municipal

Segundo Mancipor Lopes, é imprescindível que a população colabore com o trabalho realizado pela autarquia, seja no descarte correto de resíduos e entulhos, seja na compreensão de que não pode haver ocupações nas áreas de grota. Ambas as situações contribuem significativamente para os alagamentos.

“Eu acho que se a gente trabalhar com esse binômio, obrigação, responsabilidade em coletar, com a colaboração, a educação e a compreensão do cidadão, nós temos como, se não resolver, mas amenizar sobremaneira essas inundações temporárias. E mais, tem um terceiro ponto que é dificultador para nós, se não eliminarmos, minimizarmos o problema, que são as ocupações desordenadas das margens dos cursos d’água”, reforça.

De acordo com o SSAM, por causa dessas ocupações, serviços que antes eram realizados de maneira célere passaram a demorar mais a serem realizados.

Drenagem

Uma obra importante que só é visível durante a execução, mas é essencial para sanar problemas referentes a alagamentos é a drenagem, responsável por escoar as águas e atenuar os impactos de grandes fluxos de chuva.

Segundo Italo Ipojucan, titular da Sevop, o papel da secretaria é atuar em obras de grande envergadura como as de drenagem e pavimentação. No entanto, tudo deve ocorrer com planejamento.

“Nesse quesito, desde o último inverno que nós atravessamos, passamos a identificar os eixos que conduzem os problemas de Marabá para os alagamentos e constatamos que drenagem é um dos principais problemas que devem ser enfrentados. A partir disso, fizemos um planejamento, uma identificação de todos os veios e grotas e de cursos d’água em Marabá. Com esse mapeamento, nós passamos a identificar todas as bacias e com isso ter a condição de desenvolver um projeto, um planejamento de processos licitatórios para fazer um ataque a todo sistema de drenagem de Marabá”, explana o secretário.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Italo Ipojucan, titular da Sevop

Atualmente, a Sevop está na fase de conclusão de 18 grandes projetos de drenagem que passaram por processos licitatórios que somam mais de R$ 100 milhões.

“As drenagens são extremamente necessárias para que possam vir as políticas de pavimentação. Sem drenagem não conseguimos avançar nos asfaltos. Esses projetos abarcam ruas das mais diversas. Praticamente todo o núcleo Cidade Nova, o núcleo da Nova Marabá, São Félix, passa pela Vila São José, Brejo do Meio. Tem drenagem em todos os recantos de Marabá”, reitera o secretário.

O secretário também reforça o pedido para que a população colabore com a gestão municipal para evitar alagamentos pela cidade.

“É um apelo de chamar a população para compartilhar a responsabilidade desse momento, que é exatamente ter uma atenção cultural na questão de destinação dos resíduos, de cumprimento dos horários, das rotas de coleta. É o que a gente tem que fazer que minimiza. Essas adversidades não vão deixar de existir, mas podem ser de menor intensidade se houver essa colaboração”, conclui.

No Núcleo Cidade Nova, as obras em execução são: construção de galerias pluviais nas Ruas Rui Barbosa, Marechal Rondon e Vital Brasil, no bairro Bom Planalto; rede de drenagem na Avenida Manaus, no bairro Carajás III; redes de drenagem nas Ruas Rio de Janeiro, Bahia e Recife, no bairro Belo Horizonte.

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Já as obras que irão iniciar no núcleo Cidade Nova são: rede de drenagem com ampliação da passagem de grota nas Ruas Recife, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Leblon, no bairro Belo Horizonte; rede de drenagem em trecho da Rua Fortaleza, no bairro Vale do Itacaiúnas; redes de drenagem na Travessa Planalto, no bairro Novo Planalto, e na Rua Vinicius de Moraes, no bairro Bom Planalto; drenagem também na Avenida Rio Branco, no bairro Vale do Itacaiúnas;

Na Nova Marabá, a obra de drenagem em execução ocorre na Folha 01, enquanto as que irão iniciar são: Rua V 101, na Folha 33 e a ampliação da passagem de grota na Rua 23, no bairro Araguaia.

Nos Núcleos São Félix e Morada Nova está em execução a ampliação da rede de drenagem para interligar a Rua Pedro Carneiro com a Avenida Araguaia, em Morada Nova.
No Núcleo São Félix e Morada Nova,e irá iniciar a rede de drenagem da Avenida Zacarias Assunção, em São Félix.

Ao todo, somando essas obras, são 3 mil metros de drenagem.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Desenvolvimento Urbano

Um órgão também importante que entra em ação quando ocorrem obras de drenagem é a Superintendência de Desenvolvimento Urbano de Marabá (SDU), cujo papel é realizar a liberação das áreas necessárias para a execução das obras.

Diante disso, o papel da SDU é fazer levantamentos das famílias que estejam com habitações nos locais onde as obras venham a acontecer ou interferindo no curso da água.

“Junto com a Defesa Civil é feito esse levantamento das áreas de risco, dessas áreas de inundação para que a gente possa mediante processo de realocação dessas famílias para uma área adequada. A gente faz uma espécie de estudo social. Foi feito um cadastro de fato analisando todo o aspecto daquela residência, da família, dos seus ocupantes. É um estudo socioeconômico para que a gente possa fazer a realocação”, destaca Fernando Pacheco, superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá.

Nesse sentido, a Sevop faz uma análise das áreas prioritárias e encaminha as informações à SDU, que atua também em conjunto com o Departamento de Postura do município para localizar proprietários ou possuidores desses imóveis para a execução do trabalho administrativo de liberação da área.

“Não podemos construir imóveis sobre áreas de drenagem. Essa é uma situação corriqueira no município que a gente conta com a população para que depois essa pessoa não seja prejudicada, o seu imóvel, sua habitação, seus bens possam ser prejudicados. Isso também dificulta o trabalho do município para que a gente possa fazer eventualmente um reparo nessa drenagem a gente vai precisar destruir aquele imóvel que muitas vezes construiu com todo suor, esforço da sua vida”, comenta Fernando Pacheco.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Marabá - PA
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Fernando Pacheco, superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá.

Dependendo do caso, pode ocorrer a desapropriação ou indenização das pessoas que moram nesses locais por meio de processo administrativo definido por lei.

Atualmente, Marabá recebe projetos do Programa Minha Casa, Minha Vida, que possui quase 1500 unidades e as pessoas realocadas desses lugares têm prioridade em participar do programa.

A recomendação é que antes de construir um imóvel, é importante que as pessoas procurem o SDU para saber se é possível a regularização, se há problemas relacionados a alguma obra como drenagem.

“Estamos de portas abertas para atender a comunidade e dar todas as orientações necessárias para que juntos todos nós, o poder público, secretarias, especial nossa comunidade, a gente consiga vencer esse problema histórico de Marabá”, convida o superintendente.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Arquivo Secom

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