

No segundo dia de reuniões das Câmaras Setoriais da Agricultura na terça-feira (2), dentro da programação da Fenagro 2025, as cadeias produtivas do dendê e do citrus discutiram a necessidade de implantação de ações emergenciais para o desenvolvimento dos setores no estado. Dentre as principais iniciativas estão a capacitação profissional, a produção de mudas e o enfrentamento a pragas que atingem as produções.
Presente nos encontros, o secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Pablo Barrozo, ressaltou a necessidade da adoção de estratégias para o impulsionamento dos setores, responsáveis por gerar milhares de empregos no estado. “Esta é uma cadeia com um potencial enorme e precisamos, juntos, construir ações eficazes para o setor. A Seagri está à disposição para colaborar nesta iniciativa e contamos com a disposição dez todos nesta missão”, pontuou.
Para o dendê, por exemplo, os membros da Câmara Setorial apontaram como prioridades a criação de uma biofábrica de mudas para a recuperação da produção do fruto, além da capacitação técnica dos profissionais envolvidos no setor. Na ocasião, foi apresentado o projeto de Indicação Geográfica para o azeite da Costa do Dendê, desenvolvido pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e representantes da cadeia produtiva.
O documento possui oito eixos prioritários, que trazem propostas como a implementação de uma Escola Profissionalizante e do Museu Sensorial do Dendê, estudo sobre efeitos do uso do azeite na saúde das baianas de acarajé, implantação de uma ecofábrica e de novas unidades de beneficiamento e estímulo ao desenvolvimento de novos produtos a partir do fruto, dentre outras iniciativas.
O presidente da Câmara Setorial do Dendê, Eraldo Santos, considerou como positivo o segundo encontro do grupo, que busca discutir o desenvolvimento e fortalecimento de uma cadeia produtiva tradicional na Bahia, mas que vem sofrendo declínio nos últimos anos.
“Hoje as principais demandas dos pequenos agricultores são a realização de novos plantios e apoio a novas tecnologias. Temos como perspectiva para 2026 o apoio do governo para o oferecimento de assistência técnica para o cultivo e conseguir finalizar o projeto de Identificação Geográfica do Azeite de Dendê, que vai beneficiar milhares de famílias de cerca de 11 municípios produtores, das regiões do Baixo Sul e Recôncavo”, pontuou.
Fortalecimento da citricultura
Na reunião da Câmara Setorial da Citricultura, foi realizada a eleição da presidência do grupo, a ser assumida pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Real, Gabriel Soares. Situado no Litoral Norte, o município atualmente lidera a produção de laranja na Bahia.
Dentre os pontos apontados pelos membros para serem discutidos em 2026 estão o levantamento de dados reais sobre a cadeia produtiva do citrus, a regulamentação dez consórcios do setor, a utilização de defensivos agrícolas adequados, soluções para pomares abandonados e a criação de um Grupo de Trabalho da Citricultura. Também foram citadas a necessidade de recuperação da produção do citrus na região do Recôncavo, capacitação técnica dos agricultores e trabalhadores do setor e qualidade das mudas a serem plantadas.
“Essa é uma cadeia que gera muitos empregos diretos e indiretos em vários municípios da Bahia. Precisamos da união dos produtores, a maioria deles agricultores familiares, e do poder público para enfrentamento a desafios como a questão fitossanitária, evitando que pragas e doenças que assolam esta agricultura cheguem à nossa região. É uma satisfação imensa estar à frente desta Câmara e que tenhamos, todos, força e sabedoria para caminharmos em prol do fortalecimento do setor, que é tão importante”, considerou Soares.
Balanço e próximas reuniões
O diretor de Desenvolvimento da Agricultura da Seagri e coordenador das Câmaras Setoriais, Assis Pinheiro Filho, fez um balanço da retomada das instâncias, considerando que sempre foram um elo agregador da cadeia produtiva baiana. “Tivemos a reunião do Sisal, que foi extremamente produtiva; a do Cacau, com a proposta de criação de um fundo para desenvolvimento do setor; a segunda reunião do Dendê, com um plano para fortalecimento da cultura do fruto; e a primeira da Citricultura, que teve participação de quase todos os membros e mostra como a cadeia é forte no estado”, avaliou.
O gestor lembrou que o desenvolvimento do convênio com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), de revitalização das demais Câmaras Setoriais, vai ajudar a fortalecer outras 20 cadeias produtivas, para que possam atuar firmemente na proposta de proteger, melhorar e qualificar a produção.
As reuniões das Câmaras Setoriais em 2026 serão realizadas nos meses de fevereiro, maio, agosto e durante a próxima edição da Fenagro.
Fonte
Ascom/Seagri
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