O Brasil é o quarto maior mercado de beleza do mundo. O reflexo desse cenário vem recaindo cada vez mais na recuperação econômica do país pós-crise da covid-19. Nos últimos anos, segundo a ABIHPEC, setor o cresceu 560% e chamou a atenção de novos empreendedores. Só no ano passado, por dia, foram criados mais de 524 novos estabelecimentos, de acordo com dados no SEBRAE.
Com tanta concorrência, a pergunta que merece atenção é: como atrair o olhar dos clientes e manter o caixa positivo? Em São Paulo, onde há a maior concentração de novos espaços de beleza, investir na experiência no atendimento dos consumidores virou a palavra-chave para manter a agenda cheia.
Um exemplo positivo é o You Hair Concept, liderado pela empresária Bruna Castro, que ganhou os holofotes na zona Oeste da capital paulista por ir além de serviços básicos. “O cliente não quer só fazer uma escova, ele busca atendimento personalizado e deseja se sentir no conforto de casa”, revela Bruna.
De acordo com a empreendedora, o novo modelo de atendimento fez seu faturamento sair do negativo e atingir cerca de R$ 4,5 milhões/ano. “Transformei um salão falido em um negócio de sucesso”, revela, após festejar cinco anos do espaço com grande festa.
Para não ficar para trás, Bruna afirma que vai inaugurar novos espaços em bairros estratégicos da cidade e ainda ampliar suas operações. “Além de investir em infraestrutura, quem quer ganhar espaço nesse segmento precisa valorizar muito os profissionais, se planejar e fazer parcerias com marcas para projetos educacionais”, finaliza.
Outro fator que fortalece o movimento positivo do setor é a influência da Lei Salão Parceiro, de 2016, que flexibilizou o mercado e a oportunidade de os empreendedores crescerem com o passar do tempo. Por outro lado, o empoderamento e a autoafirmação por meio da beleza também fortalecem a recuperação do mercado.
Segundo pesquisa da McKinsey Global Institute, após uma forte recuperação desde o auge da pandemia de covid-19, a previsão é que o mercado de beleza atinja cerca de US$ 580 bilhões até 2027, crescendo 6% ao ano.
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