A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) tem participado de articulações para o aumento da produção de arroz feita por agricultores familiares no Piauí. Nesta sexta (18), a secretária Rejane Tavares participou do 1º Seminário da Cadeia Produtiva do Arroz, promovido pelo Movimento Sem Terra (MST) com o objetivo de discutir os desafios e as propostas para ampliação do segmento.
A gestora citou que a secretaria visa aumentar a produção e melhorar o beneficiamento, para que a produção de arroz da agricultura familiar seja incluída nos programas de compras institucionais, como Programa de Alimentação Saudável (PAS) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que distribuem os alimentos da agricultura familiar para famílias em vulnerabilidade socioassistencial, bem como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“A secretaria está discutindo com o Movimento Sem Terra e também com outros movimentos como o MPA e outras frentes de organizações da agricultura familiar, para que a gente possa estar apoiando principalmente no processo de beneficiamento do arroz e na introdução do arroz nos mercados institucionais, tanto nas compras do PAA, como nas compras do PAS, e também do PNAE, através da nossa articulação com a Secretaria de Educação. É mais uma frente que fortalece a produção de alimentos saudáveis pela agricultura familiar, promove geração de renda e aumenta o protagonismo da agricultura familiar em processos de comercialização”, explicou.
A SAF tem participado da articulação juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), do Governo Federal, que tem incentivado o aumento da produção de arroz em outras unidades federativas do país, após a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul ter comprometido a oferta do produto, já que o estado é o maior produtor do país e responsável quase pela totalidade da demanda nacional.
Elias Araújo, representante do Setor de Produção do MST, conta que existem muitos desafios para a produção de arroz no Piauí, dentre as quais, as dificuldades no processo de produção, colheita e a ausência do beneficiamento.
“O povo planta bem, colhe bem nas condições que existem hoje, mas quando chega no mercado tem um produto não beneficiado, e é ali onde ele perde a oportunidade de agregar valor e disponibilizar para a população local um alimento de qualidade. Termina que o nosso produto sai para outras regiões e vão abastecer outros territórios”, explicou.
Produção
No território Planície Litorânea, os dados do MST apontam que 11 assentamentos, nos municípios de Parnaíba, Buriti dos Lopes, Caxingó, Joaquim Pires e Luzilandia, produzem cerca de 44 mil sacas (de 60 kg) por ano, envolvendo 622 famílias na atividade produtiva. A produção de arroz costuma ser vendida para atravessadores.
Dentre os objetivos da articulação envolvendo os governos estaduais e o governo federal, está a viabilização de uma agroindústria para o beneficiamento do arroz. A ideia está sendo articulada entre os órgãos para que seja iniciada a elaboração de um projeto.
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