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Neurocientista da Bayer esclarece ação da dor no organismo

A neurocientista e diretora global de Pesquisa e Desenvolvimento para Dor e Saúde do Coração da Bayer, Dra. Norell Hadzimichalis, esclarece o motiv...

23/10/2024 às 15h16
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Banco de imagens Bayer
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Definida pela Associação Internacional para o Estudo da Dor como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ou semelhante àquela associada com lesão real ou potencial do tecido", a dor tem uma função muito importante: alertar quando algo não vai bem no organismo e precisa ser tratado. Sendo assim, uma vida sem a sensação de dor pode até mesmo significar um risco à saúde. Em entrevista, a diretora global de Pesquisa e Desenvolvimento para Dor e Saúde do Coração da Bayer, Norell Hadzimichalis, explica como é o processo da dor e como as pessoas percebem seus impactos.

Segundo a especialista, a sensação de dor é um processo complexo e seu percurso envolve vários níveis do sistema nervoso central. “O sinal doloroso viaja desde o sistema nervoso periférico à raiz dorsal da medula espinhal, chegando ao tálamo. Do tálamo, ele segue para as áreas somatossensoriais do córtex cerebral, que é responsável por integrar e interpretar a sensação de dor. Já o sistema límbico é responsável por regular o limiar de dor e as reações emocionais“, explica.

Norell ainda comenta que "apesar de ser responsável por perceber a mensagem de dor e traduzir o que estamos sentindo, um fato curioso é que o cérebro, em si, não sente dor, já que não há nociceptores no tecido cerebral, neurônios responsáveis pela transmissão da dor. Isso explica por que os neurocirurgiões podem operar o cérebro sem causar desconforto ao paciente e, em alguns casos, podem até realizar a cirurgia enquanto o paciente está acordado".

Manejo da dor: como os analgésicos atuam no organismo

Uma pesquisa nacional do Ipec, encomendada pela área de analgésicos da divisão de Consumer Health da Bayer, apontou que 3 a cada 4 pessoas afirmam sentir algum tipo de dor frequentemente e, como consequência, cerca de 30% tomam algum analgésico, pelo menos, uma vez por semana. De modo geral, 55% dos entrevistados tomam um analgésico quando sentem dor, que aparece com mais frequência nas costas (36%), na cabeça (28%) e nas pernas (23%), segundo os participantes.

Dra. Norell explica que, quando tomamos um analgésico, o comprimido percorre o corpo até atingir um tecido/local de lesão para então exercer sua função. “Este processo compreende quatro etapas: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Em geral, após sua ingestão, a pílula vai para o estômago, sendo absorvida, principalmente, no intestino. Os componentes seguem então para a corrente sanguínea, onde terão acesso a diferentes partes do nosso corpo, para se ligar ao local específico de ação. No caso dos Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs), eles agem bloqueando a liberação de prostaglandina, que desempenha um papel fundamental na geração da resposta inflamatória. É quando o comprimido bloqueia a liberação de prostaglandinas que o processo inflamatório e a dor começam a diminuir”, conclui.

Quando a dor manifesta-se no organismo, é normal as pessoas quererem que ela passe logo. Mas a neurocientista esclarece que o tempo de ação do medicamento dependerá das características da molécula, da dose e do indivíduo. “É necessário considerar dois fatores importantes: o início da ação, ou seja, o tempo necessário para que um medicamento comece a funcionar e produza um efeito, e a meia-vida, que é a duração da ação de um medicamento”, ressalta.

Os medicamentos isentos de prescrição fazem parte das estratégias de autocuidado, favorecendo tanto o indivíduo (quando usado racionalmente), quanto o sistema de saúde, na medida que pode reduzir a procura desnecessária por serviços médicos. Contudo, é importante ressaltar que o profissional médico deve ser consultado caso a condição dolorosa não se resolva de forma apropriada, ou se persistirem dúvidas com relação à condição de saúde.

Sobre a Bayer

A Bayer é uma empresa global com competências nas áreas de ciências da vida, saúde e nutrição. Em linha com sua missão, "Saúde para todos, fome para ninguém", os produtos e serviços da empresa são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para superar os principais desafios apresentados por uma população global crescente e envelhecida. A Bayer está comprometida em impulsionar o desenvolvimento sustentável e gerar um impacto positivo em seus negócios. Ao mesmo tempo, o Grupo pretende aumentar seu poder aquisitivo e criar valor por meio da inovação e do crescimento. No ano fiscal de 2023, o Grupo empregou cerca de 100.000 pessoas e teve vendas de 47,6 bilhões de euros. As despesas de P&D antes de itens extraordinários totalizaram 5,8 bilhões de euros.

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