O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em Limoeiro do Norte, passa a integrar o projeto “Saúde em Nossas Mãos” no triênio 2024-2026, iniciativa do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. O objetivo principal é reduzir em 50% as infecções relacionadas à assistência à saúde. Nesta edição, são 300 hospitais participantes em todo o Brasil. No Ceará, o HRVJ e o Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral, são as unidades da Sesa selecionadas pela iniciativa.
No último dia 29 de outubro, ocorreu a visita dos consultores do Hospital Sírio-Libanês, instituição que apoia e acompanha o HRVJ, por meio do programa. A intenção foi realizar um diagnóstico dos processos assistenciais da unidade na prevenção destas infecções. O projeto será posto em prática na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 1.
O diretor-geral do HRVJ, Bergson de Brito, destaca que se trata de um projeto em que a própria unidade pediu para participar. “A gente sabe que a redução de infecções hospitalares é um grande desafio e a meta é reduzir em 50% as infecções em até 26 meses. Nós já temos o gerenciamento das estratégias para redução de infecções instaurado na nossa cultura de segurança do paciente, entretanto o que procuramos é a melhora, que é o nosso grande mote”, explica.
Consultores do Hospital Sírio Libanes se reuniram com a equipe do HRVJ na unidade
O projeto “Saúde em nossas mãos” visa reduzir, a médio prazo, a incidência dos principais indicadores de infecção relacionados à assistência à saúde como Pneumonia Associada à Ventilação (PAV), Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorialmente (IPCSL) e Infecção do Trato Urinário (ITU), bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções. “A expectativa é contribuir com a mudança da cultura do nosso hospital com relação à segurança do paciente”, explica a enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HRVJ, Érica Carine.
A enfermeira da UTI 1, Kethura Kimberly Gomes, destaca que a equipe assistencial do setor está animada com o processo. “Agora demos início a construção do quadro Kamishibai [ferramenta de gestão visual que pode ser usada para auditorias, contar histórias e acompanhar indicadores], contando com a participação das equipes para escolha do local ideal para exposição do quadro, que terá uma grande jornada com gente. Essa é uma estratégia que utiliza um quadro de gestão para sustentar a melhoria da assistência aos pacientes, com o acompanhamento diário de indicadores para o controle e a prevenção de infecções”, explica.
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