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Cetrel destaca gestão de águas subterrâneas no Workshop ÁGUA+

NoWorkshop: “Águas Subterrâneas da Bahia: conhecer para usar e cuidar”, realizado no dia 25 de outubro, especialista da Cetrel apresentou o monitor...

19/11/2024 às 20h27
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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A Cetrel participou do Workshop ÁGUA+, realizado em Salvador, no dia 25 de outubro, com uma palestra técnica intitulada "Monitoramento das Águas Subterrâneas na área do Polo Industrial de Camaçari". A apresentação foi conduzida por Antônio Jorge da Cruz Rodrigues, Geólogo Sênior do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos (PGRH) do Polo Industrial de Camaçari (PIC), na Bahia.

A palestra focou no monitoramento das águas subterrâneas no Polo Industrial de Camaçari, destacando o zoneamento hídrico implementado pela Cetrel e as ações contínuas de controle e mitigação de riscos. Segundo Rodrigues, o sistema integrado de monitoramento permite a detecção de contaminações e promove a gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos. Além disso, Rodrigues frisou a importância da transferência de conhecimento, da inovação tecnológica e das parcerias estratégicas com indústrias e universidades para replicar as melhores práticas em outras regiões.

A contribuição da Cetrel no campo da pesquisa e inovação foi ressaltada durante o evento. A empresa investe continuamente no desenvolvimento de soluções como a modelagem hidrogeológica e a implementação de sistemas de monitoramento remoto em tempo real, ferramentas essenciais para o acompanhamento preciso da gestão das águas subterrâneas. Em colaboração com instituições acadêmicas, a Cetrel realiza estudos que visam aprimorar a eficiência no uso de recursos hídricos e buscar soluções para os desafios locais.

Além de suas ações técnicas, Jordon Werlang, gerente de projetos da Cetrel, destaca que a empresa reconhece a conscientização ambiental como um pilar fundamental. "A empresa promove campanhas educativas em comunidades e realiza workshops voltados para a importância do uso sustentável das águas subterrâneas. No Polo de Camaçari, por exemplo, a empresa apoia projetos que envolvem a população local em programas de educação ambiental e no treinamento de profissionais da região", afirma.

Quanto ao futuro das águas subterrâneas na Bahia, Jordon Werlang expressa preocupação com os impactos das mudanças climáticas e do crescimento populacional sobre os aquíferos. No entanto, a empresa acredita que pode se destacar como líder em gestão sustentável desses recursos. "A inovação e o desenvolvimento de soluções eficazes para monitorar, preservar e utilizar as águas subterrâneas são fundamentais para enfrentar os desafios futuros. Para isso, a colaboração com o governo, o setor acadêmico e outras indústrias será essencial", declara Werlang.

Entre suas principais ações voltadas à segurança hídrica, a Cetrel planeja expandir o programa de zoneamento hídrico para outras áreas da Bahia, além de intensificar as práticas de monitoramento contínuo e preventivo. "A empresa também investirá em tecnologias de reúso de água e na recarga de aquíferos, visando garantir a segurança hídrica e a sustentabilidade a longo prazo", pontua Jordon Werlang.

Cenário nacional

Jordon Werlang comenta ainda sobre a importância do monitoramento de águas subterrâneas no Brasil e os desafios enfrentados em âmbito nacional. Segundo Werlang, em comparação ao sistema de monitoramento avançado no Polo Industrial de Camaçari, muitas regiões do Brasil enfrentam desafios significativos na gestão e monitoramento das águas subterrâneas. "Apenas uma parcela dos aquíferos do país recebe monitoramento sistemático, e a cobertura geográfica ainda é limitada. O Brasil possui aquíferos vastos e diversos, como o Aquífero Guarani e o Aquífero Alter do Chão, que desempenham papéis críticos para o abastecimento de água, especialmente em áreas rurais e agrícolas", conta.

Conforme ele, as principais disparidades e desafios incluem a escassez de infraestrutura. "Muitas regiões carecem de redes de monitoramento e sistemas de coleta de dados adequados, o que compromete a precisão e a frequência das informações", salienta. A falta de investimentos contínuos também é um fator que pesa. "Embora haja políticas e planos estaduais, a ausência de financiamento adequado e de longo prazo limita a implementação de tecnologias avançadas de monitoramento e reúso", sinaliza. E, por fim, Jordon lembra dos desafios ambientais e populacionais, uma vez que em locais de alta densidade populacional e atividades agrícolas e industriais intensivas, o risco de contaminação e o uso excessivo representam grandes problemas.

O gerente de projetos da Cetrel destaca as iniciativas da empresa na Bahia, como o zoneamento hídrico e o investimento em tecnologias de reúso e recarga de aquíferos, como modelo para práticas sustentáveis de monitoramento e gestão das águas subterrâneas no Brasil. Para fortalecer essas práticas, ele recomenda em âmbito nacional: o desenvolvimento de um Sistema Nacional de Monitoramento, com uma rede integrada que cubra todas as bacias hidrográficas, facilitando o acesso aos dados sobre a água subterrânea; incentivos à adoção de tecnologias de reúso e recarga, como redução de impostos para empresas que investem nessas áreas; educação e capacitação técnica em parceria com instituições acadêmicas e de pesquisa para formar técnicos e gestores hídricos; e zoneamento e planejamento integrados para melhor compreensão da capacidade de recarga e extração segura dos aquíferos.

Para Jordon Werlang, ao implementar essas políticas e fortalecer as práticas de monitoramento, o Brasil pode promover uma gestão hídrica mais sustentável. "Esse é um dos caminhos para mitigar os impactos ambientais e assegurar a preservação dos recursos para gerações futuras", conclui.

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