Nestemês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) reafirma o compromisso com as comunidades quilombolas do estado, celebrando uma conquista histórica. Em 2024, o Interpi mais que dobrou o número de territórios quilombolas titulados, saindo de 15 para 34. Esse avanço reflete o compromisso do Estado com a justiça social e o respeito aos direitos dessas comunidades tradicionais, consolidando o Piauí como referência nacional na titulação de territórios quilombolas.
Os territórios já titulados abrigam mais de 15 mil pessoas, promovendo não apenas a segurança jurídica sobre suas terras, mas também garantindo a continuidade de suas tradições culturais, a proteção do meio ambiente e o acesso a políticas públicas essenciais. Essa titulação coletiva assegura que essas áreas permaneçam inalienáveis, protegendo o direito das comunidades de viverem e se desenvolverem no território que historicamente ocupam.
Um exemplo notável do sucesso desse trabalho é o município de Isaías Coelho, onde todas as comunidades quilombolas foram tituladas pelo Interpi. São seis territórios quilombolas regularizados, com um total de aproximadamente 3 mil moradores, o que representa quase 40% da população total do município, de acordo com o Censo de 2022, que aponta 7.774 habitantes no local.
O diretor-geral do Interpi, Rodrigo Cavalcante, enfatizou o impacto dessa iniciativa. “A titulação de territórios quilombolas não é apenas uma questão de propriedade, mas um ato de respeito e dignidade para com as comunidades negras do Piauí. Esse reconhecimento territorial permite que essas comunidades possam preservar suas tradições e acessar novos direitos e políticas públicas, essenciais para seu desenvolvimento sustentável. É uma honra ver o Piauí se destacando nacionalmente por esse trabalho”, completa o gestor.
Neste Dia da Consciência Negra, o Interpi celebra essas vitórias como um marco na luta por direitos e igualdade, e reitera seu compromisso em promover políticas públicas que respeitem e fortaleçam as comunidades quilombolas, assegurando um futuro de preservação cultural e valorização ambiental.
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