Indicando caminhos, expondo novos horizontes e conscientizando a juventude. Esses são alguns dos objetivos que os profissionais das vinculadas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) buscam ao realizarem ações de prevenção ao uso de substâncias ilícitas e ao álcool. É na crença de que a educação, aliada a um trabalho constante de mudança de perspectiva, pode mudar vidas que, neste Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado em 20 de fevereiro, a SSPDS destaca a atuação das Forças de Segurança do Ceará para a conscientização sobre o combate às drogas e alcoolismo.
A Divisão de Proteção ao Estudante (Dipre), vinculada ao Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), desenvolve, junto à comunidade escolar, ações de prevenção por meio de palestras, cursos, oficinas, rodas de conversa e grupos reflexivos. Dentro dos debates efetuados pelo Departamento, o tema da prevenção do uso de álcool e outras drogas é tratado por meio de palestras e capacitação de multiplicadores. Nas palestras, são desenvolvidas ações de prevenção que são dirigidas à população geral.
“Toda a população é considerada como tendo o mesmo nível de risco em relação ao abuso de álcool e outras drogas. Por isso, acreditamos que essas ações também oportunizam que a comunidade esclareça suas dúvidas e manifeste suas opiniões sobre o tema trabalhado”, apontou a delegada Monique Teixeira, responsável pela Dipre.
A Dipre recebe solicitação de escolas públicas e privadas, dentre outras instituições, para a realização de ações preventivas, informa a delegada. “De acordo com o tema solicitado pela instituição, a equipe adequa a metodologia conforme o público-alvo e contextualiza as informações seguindo a realidade da comunidade local”.
“A condição de drogadição é sempre um problema. A depender do seu campo de força social, a depender das pessoas que estão próximas de você, a condição de usuário se torna condição de dependente. Por isso, é essencial que a pessoa entenda que nunca está sozinha e que sempre pode contar com uma rede de apoio”, comentou o inspetor Cazé, do Dipre.
Além de ações de combate às drogas e ao alcoolismo, a Dipre também trata sobre outros temas como: prevenção à violência contra a mulher; prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes; prevenção ao bullying e cyberbullying; prevenção ao uso de álcool e outras drogas; prevenção à violência contra a pessoa idosa; uso consciente das redes sociais; discurso de ódio, racismo, homofobia e transfobia; relações interpessoais no trabalho – prevenção ao assédio moral e sexual.
A Polícia Militar do Ceará (PMCE), por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), também realiza ações preventivas com foco no combate ao uso de drogas e álcool. No Ceará, o programa iniciou em 2001, atuando em Fortaleza e em outros municípios do Estado.
Atualmente, o programa é coordenado pelo tenente-coronel Clodoaldo Jansen Braga e conta com policiais militares que atuam como instrutores do Proerd, que desempenham um papel importante na conscientização dos jovens cearenses contra o uso de substâncias ilícitas. De acordo com o levantamento do Proerd, no Ceará, de 2001 a 2024, foram atendidos cerca de 710.728 alunos. Referente ao ano passado, 20.548 alunos passaram pelo pelo programa.
Conforme o subtenente Moura, instrutor do Proerd, o programa aborda a violência de maneira ampla, visando à construção de uma cultura de paz, respeito e cidadania. Além de trabalhar com crianças e adolescentes para ajudá-los a evitar comportamentos violentos, tanto em casa quanto na escola ou na comunidade.
“O programa prioriza escolas situadas em regiões mais vulneráveis ou que enfrentam desafios significativos em relação ao uso de drogas e álcool. As temáticas são moldadas para atender às necessidades e características dos diferentes grupos etários. Além disso, vamos nos adaptando conforme o contexto social e cultural das comunidades atendidas, garantindo que os temas sejam pertinentes à realidade dos alunos, de modo a planejar ações mais direcionadas e eficazes”, aponta o subtenente.
De acordo com o sargento Tenório, que também atua como instrutor do programa, o Proerd é caracterizado por uma parceria fundamental entre escola, polícia e família, sendo um esforço colaborativo para garantir a eficácia do programa na prevenção ao uso de drogas e álcool.
“A escola é o espaço que desempenha um papel essencial no processo de aprendizagem e na criação de um ambiente de apoio e acolhimento. A polícia entra como agente educativo, com policiais militares capacitados que, além de sua função de segurança pública, atuam diretamente com os alunos, transmitindo informações sobre o impacto das drogas e a importância da prevenção, além de conscientização. Além disso, a família pode ajudar a identificar sinais de risco e apoiar o jovem na resistência à pressão social e ao uso de substâncias”, indica.
De acordo com os instrutores, a interação entre esses três pilares é essencial para que o programa tenha sucesso e consiga realmente prevenir o consumo de drogas e álcool entre as novas gerações. Promovendo uma parceria que proporciona um ambiente de proteção e educação contínua, tornando o trabalho do Proerd ainda mais eficaz.
Os instrutores explicam que a escolha dos locais para as ações do Proerd acontece, principalmente, por meio de solicitação de inclusão das escolas à coordenação do programa. A coordenação avalia a viabilidade da implantação das atividades na instituição. Esse processo é uma forma de garantir que o programa chegue de maneira adequada às localidades que realmente necessitam de apoio preventivo. As escolas interessadas em receber o programa podem entrar em contato, por meio do e-mail: proerd.cogei@policiamilitar.ce.gov.br.
Além do Proerd, a PMCE também conta com o Grupo de Segurança Escolar (GSE) do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (COPAC), que realiza ações preventivas em ambientes escolares. Com caráter educativo, os profissionais efetuam palestras, exposições e conduzem mediações e o acompanhamento com a comunidade escolar e familiar, conforme a demanda da instituição.
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