Programação especial comemora dois anos da Casa de Economia Solidária de Ingá

Artesãos e grupos da agricultura familiar da região da Borborema ganharam protagonismo com a implementação da Casa de Economia Solidária de Ingá. Para marcar os dois anos do espaço, o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria Executiva de Economia Solidária (Sesaes) e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), promoveu, nessa quinta-feira (13), no município, uma programação junto aos empreendimentos solidários que comercializam e são acompanhados pelo equipamento público.

Mais de 30 empreendimentos solidários, representantes do movimento e convidados participaram das atividades que celebraram a experiência exitosa da Casa.

O equipamento reúne sete empreendimentos, com mais de 40 artesãos comercializando seus produtos, além do assessoramento técnico aos grupos da agricultura familiar. A Casa é referência na região e nos territórios na busca de fortalecer uma comercialização justa e sustentável, sobretudo inclusiva, valorizando a maneira coletiva na gestão dos empreendimentos solidários. Hoje faz parte da rota de guias locais.

O secretário executivo da Sesaes, Roberto Beltrão, destacou a importância do equipamento na região. “É uma satisfação comemorar os dois anos da Casa de Economia Solidária de Ingá, um espaço que fortalece o trabalho coletivo, gera oportunidades e valoriza a produção local. Neste mês especial, em que celebramos as mulheres, é fundamental destacar o papel das empreendedoras da economia solidária, que impulsionam o desenvolvimento sustentável do território com seu talento e dedicação”.

“Nosso compromisso é seguir avançando, fortalecendo as políticas públicas e ampliando o apoio às iniciativas que promovem autonomia econômica e inclusão social. Acreditamos que a economia solidária é um caminho real para o desenvolvimento justo e sustentável”, finalizou Roberto Beltrão.

Para destacar a experiência da Mulher na Economia Solidária, a artesã quilombola de Pedra d’Água, Antônia Vigínio, ressaltou a relevância da Casa. “Comecei a trabalhar logo cedo com labirinto e produzir bolo na pedra, aprendi com minha mãe, é uma tradição que vem passando de mãe para filha. Tenho quatro irmãs que também fazem labirinto e culinária da nossa região. A Casa da economia solidária começou a fazer parte de nossas vidas desde do início, é de extrema importância, porque nas feiras que a gente vai, a gente vende os produtos e conhece outros produtos, então a gente se inspira nesses novos conhecimentos”, observou.

A professora e coordenadora estadual do Programa Paul Singer, do Ministério do Trabalho e Emprego, Rosãngela Bolte, ressaltou que a casa tem um grande potencial. “Esse é um momento muito importante, são dois anos que desta Casa, muito jovem, apenas dois anos. É um equipamento público que precisa ser fortalecido. Uma das coisas que eu quero já resgatar aqui, como algo muito positivo, é que tem à frente da gestão, uma mulher. Então isso significa um potencial importante no campo da economia solidária”, enfatizou.

A gerente da Casa de Economia Solidária, Nady Jakelle, que está na gestão desde da inauguração lembrou dos desafios. “No inicio foi desafiador, trouxe bastante curiosidade de pessoas intermunicipais e de turistas que vêm conhecer a tradição do artesanato, da agricultura também aqui dentro do nosso município. Hoje considero uma experiência exitosa. As artesãs têm se reinventado, mesmo dentro da sua tradição, elas têm inovado na comunidade”, pontuou.

As Casas de Economia Solidária são voltadas para geração de trabalho, renda e articulação de grupos que trabalham coletivamente. Os equipamentos estão nos municípios de Ingá, Soledade, Sumé, Sapé, Pombal, Araruna e Barra de Santa Rosa.