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Cigarrinha-do-milho: Santa Catarina registra crescimento populacional com baixa infecção bacteriana

Apesar do aumento populacional dos insetos, a incidência de cigarrinhas infectadas com os agentes mais agressivos permanece baixa em todo o estado ...

24/03/2025 às 20h11
Por: Redação Fonte: Secom SC
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Foto: Reprodução/Secom SC
Foto: Reprodução/Secom SC

Apesar do aumento populacional dos insetos, a incidência de cigarrinhas infectadas com os agentes mais agressivos permanece baixa em todo o estado de SC

O Programa Monitora Milho SC registrou um aumento significativo de cigarrinhas-do-milho na última semana. Segundo a coordenadora do programa e pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, as semanas anteriores tiveram uma média de 85 e 66,7 de cigarrinhas por armadilha em cada local. No entanto, o levantamento mais recente revelou um aumento significativo, com 118,4 insetos por armadilha. “Esse comportamento é esperado. Monitoramentos anteriores mostram ser mais difícil ingressar com o maquinário em campo para fazer o manejo químico durante a fase reprodutiva do milho, que deve ser realizado na fase vegetativa, a mais crítica”, salienta.

Apesar do aumento populacional dos insetos, a incidência de cigarrinhas infectadas com as bactérias do espiroplasma do enfezamento-pálido e do fitoplasma do enfezamento-vermelho, os agentes mais agressivos, permanecem baixos em todo o Estado de Santa Catarina. Maria Cristina alerta que os sintomas da infecção por bactérias nas plantas incluem folhas avermelhadas, espigas reduzidas e malformadas, além de plantas menores, com encurtamento dos internódios.

A pesquisadora explica que é necessário pensar na sobrevivência dos insetos durante a entressafra. O monitoramento da cigarrinha-do-milho é realizado até o final da safrinha, porque é importante saber se os insetos estão infectados ou não. “Nós esperamos terminar a safrinha com uma quantidade razoável de insetos na natureza. O que não queremos é que estejam contaminados com os patógenos, porque a possibilidade deles sobreviverem durante a entressafra em milho tiguera, também conhecido como milho voluntário, é muito alta”, afirma. 

Os agricultores devem ficar atentos à presença das cigarrinhas na lavoura e aos informes publicados semanalmente. O programa Monitora Milho SC coleta e divulga informações de todo o estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. A média estadual de cigarrinhas encontradas por armadilha é de 118,4. Na última semana foi detectada a presença dos vírus do rayado-fino, do mosaico estriado e da bactéria do fitoplasma do enfezamento-vermelho. Os casos positivos foram registrados em insetos coletados nas cidades de Braço-do-Norte, Guatambu e Irati.

Foto: Reprodução/Secom SC
Foto: Reprodução/Secom SC

O programa Monitora Milho SC coleta e divulga semanalmente informações de todo o Estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. A média estadual de cigarrinhas encontradas por armadilha é de 105,6. Na última semana não foi detectada a presença do espiroplasma de enfezamento-pálido nem o vírus do mosaico estriado.

O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o  programa Monitora Milho SC , uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.

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