A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) celebra nesta sexta-feira, 6, oDia Nacional do Teste do Pezinho, com objetivo de chamar a atenção para o exame que identifica precocemente doenças em bebês e previne deficiências e sequelas. Hipotireoidismo congênito, fibrose cística e toxoplasmose são exemplos de doenças diagnosticadas no exame que é feito de forma rápida e simples através de amostra das gotas de sangue do calcanhar que é encaminhada para análise laboratorial.
O teste é essencial, porque quanto mais cedo forem identificadas doenças, melhores são as chances de tratamento. Caso seja diagnosticado com alguma das doenças detectáveis no exame, a criança é encaminhada para acompanhamento e tratamento gratuito com médicos especialistas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Meus gêmeos Ravi e Levi nasceram no dia 30 de maio aqui no hospital e eles já fizeram o teste do pezinho, orelhinha e olhinho. Eu gostei muito dos atendimentos e todo o cuidado que tiveram com eles. O teste do pezinho foi rápido e com certeza trará mais segurança e informação sobre a saúde dos meus bebês”, afirmou a paciente do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), Marilene Rocha Alves Gonçalves.
Segundo a responsável pela Diretoria de Prevenção e Identificação Precoce de Deficiência da (SES-TO), Thaís Farias, “nós incentivamos o teste do pezinho porque é um dos exames mais importantes realizados nos primeiros dias da vida do bebê. Ele é capaz de identificar de forma precoce, doenças graves que se não diagnosticadas a tempo, podem causar sequelas irreversíveis. Como gestora, reforçamos nosso compromisso com a saúde infantil e a importância da realização do exame e investir na triagem neonatal é investir no futuro, garantindo que cada criança tenha a chance de se desenvolver com saúde e qualidade de vida”.
Como é feito o teste?
A coleta do teste do pezinho ocorre em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e maternidades cadastradas por todo o Estado e deve ser realizada preferencialmente após as 48 horas do nascimento e até o 5º dia de vida do bebê, conforme a atualização do Ministério da Saúde (MS) publicado em Nota Técnica Nº 76/2023-CGSH/DAET/SAES/MS.
“O teste do pezinho é um exame de triagem neonatal, fundamental para o diagnóstico precoce de várias doenças, no Dona Regina é feito a partir de 48h de vida do recém nascido. Coletamos uma pequena amostra de sangue periférico, preferencialmente no pé do bebê e armazenamos a amostra identificada, posteriormente enviamos para Araguaína, onde processam os exames. Depois nos enviam os resultados e nos comunicam quando é preciso uma segunda amostra. Quando concluído o procedimento enviamos os resultados para os pacientes por WhatsApp ou presencialmente quando retornam a maternidade”, afirmou a enfermeira coordenadora do Ambulatório e Teste Rápido do HMDR, Mariana Gontijo dos Santos.
Doenças rastreadas
A Lei nº 14.154 aprovada em 2021 aperfeiçoou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) do Ministério da Saúde (MS) e estabeleceu rol mínimo de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho, que inclui: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; doença falciforme e outras hemoglobinopatias; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita; deficiência de biotinidase; e toxoplasmose congênita.
Atualmente, o estado do Tocantins realiza todos os rastreios de doenças preconizadas pelo PNTN, no Laboratório Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Araguaína, empresa contratualizada pelo Estado para a realização de exames de triagem neonatal habilitada pelo MS.
Dados
Dados da Apae apontam que no Tocantins, em 2023, 14.591 crianças realizaram o teste do pezinho pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estadual; em 2024 foram 15.091 crianças examinadas; já entre janeiro e abril, de 2025, foram 5.333 atendimentos.
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