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Inverno aumenta risco de doenças respiratórias em crianças

Médico alerta para os cuidados que podem reduzir os riscos de infecções respiratórias

28/07/2025 às 16h58
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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O inverno chegou e, com ele, aumentam os casos de infecções respiratórias entre bebês e crianças. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave segue acima do esperado. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Fluminense, em 2025, já foram registradas mais de 10 mil internações, principalmente entre crianças de 1 a 5 anos. A demanda por leitos hospitalares permanece alta, principalmente na faixa de 0 a 4 anos. Em relação aos casos de bronquiolite em crianças, foi registrado um aumento de 19% nos primeiros três meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Luiz Felipe Almeida Maciel, médico da área de pediatria do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, alerta que o frio contribui para a disseminação dos vírus. “Durante o inverno, passamos mais tempo em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que facilita a propagação dos vírus. Além disso, o ar frio e seco agride a mucosa das vias respiratórias, reduzindo a defesa natural do organismo. No caso das crianças, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, o que as torna mais suscetíveis a infecções”, afirma o profissional.

Entre os quadros mais comuns da estação estão o resfriado, a pneumonia, as crises de asma e a bronquiolite, essa última, mais comum em bebês com menos de dois anos. Segundo Maciel, as vias aéreas das crianças são mais estreitas e sensíveis, o que favorece o acúmulo de secreções. Grande parte das crianças também ainda não tomaram todas as vacinas, o que contribui para a resposta aos vírus. “Muitos bebês ainda não completaram o calendário vacinal e não desenvolveram memória imunológica contra diversos vírus respiratórios”, acrescenta.

Atenção aos sintomas

De acordo com Maciel, sinais como febre, tosse persistente, chiado no peito, nariz entupido, dificuldade para mamar e respirar, respiração acelerada, cansaço e sonolência exigem atenção médica. “O resfriado tende a ter evolução benigna, com sintomas leves e melhora espontânea. Já bronquiolite e pneumonia apresentam sintomas mais fortes e resistentes. Nestes casos, é fundamental procurar atendimento médico”, orienta o pediatra.

Conforme pontua o profissional, a prevenção é o melhor caminho. Manter os ambientes arejados ajuda a evitar a propagação de vírus. Recomenda-se o uso correto de umidificadores, sempre limpos, a boa hidratação e uma limpeza recorrente de ambientes, tapetes, sofás, cortinas, pelúcias e filtros de ar. Crianças com rinite ou asma exigem atenção redobrada. “É essencial manter o tratamento preventivo em dia, evitar gatilhos como poeira e fumaça, e fazer consultas regulares para ajustes de medicação, principalmente antes da chegada do inverno”, comenta Maciel.

Cartão de vacinação atualizado

O pediatra alerta que a vacinação também deve estar em dia, e que as doses contra os tipos de gripe devem ser tomadas anualmente, pois reduzem significativamente o risco de complicações respiratórias. Já a vacina pneumocócica protege contra pneumonias e outras infecções graves, e faz parte do calendário infantil do SUS.

Segundo Maciel, os seguintes erros comuns cometidos pelos pais devem ser evitados para prevenir complicações: automedicar sem orientação médica, ignorar sinais de agravamento, não procurar atendimento em tempo hábil ou interromper o tratamento antes da hora. “Com cuidados simples e atenção aos sinais do corpo da crianças, é possível atravessar o inverno com mais segurança. A prevenção é sempre o melhor caminho”, finaliza.

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