A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), deu início nesta segunda-feira, 28, a mais uma turma de capacitação sobre planejamento sexual e reprodutivo com ênfase na inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) T de cobre para enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS).
O objetivo da formação é garantir a qualificação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família, ampliando a oferta de métodos contraceptivos de longa duração e contribuindo para a redução da morbimortalidade entre mulheres em idade fértil. Com carga horária de 40 horas, o curso aborda temas ligados à consulta ginecológica de enfermagem e à prática da inserção do DIU.
De acordo com a referência técnica em Saúde da Mulher da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (Daps) da SES, enfermeira Elline Alves, a qualificação amplia o acesso das mulheres ao planejamento reprodutivo e fortalece o cuidado integral. “Desde 2023, saímos de uma média de 150 inserções de DIU por ano para mais de 600. Agora, com esta segunda turma, mais 23 municípios passarão a oferecer o método, consolidando o avanço da saúde reprodutiva no estado”, destacou.
Elline explicou também que o DIU T de cobre é um método contraceptivo não hormonal e de longa duração, eficaz por até 12 anos, e pode ser utilizado por mulheres que já iniciaram a vida sexual. “O método é seguro, reversível e permite que a mulher mantenha seu ciclo menstrual”, explicou.
Enfermeira no município de Malhada dos Bois, Márcia Melo comemorou a oportunidade de se capacitar e levar o conhecimento à sua equipe. “Essa formação é essencial, pois amplia o acesso das mulheres aos métodos contraceptivos e contribui para reduzir casos de gravidez indesejada, especialmente entre adolescentes. Nos municípios pequenos, as opções ainda são restritas, e o DIU vem para dar mais autonomia às mulheres”, avaliou.
Para a enfermeira indígena Jéssica Danilla, que atua na Aldeia Xocó, em Porto da Folha, a capacitação representa um marco para a saúde das mulheres indígenas. “É uma conquista para nós da saúde indígena. Levar esse conhecimento à aldeia é fortalecer o cuidado com as mulheres Xocó e garantir que elas tenham acesso às mesmas políticas de saúde que outras populações”, ressaltou.
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