Mais de 2,5 mil crianças foram internadas com síndrome nefrótica no Estado de São Paulo entre 2022 e 2025, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). Os casos envolvem pacientes de até 12 anos, com tendência de crescimento ano a ano.
A condição rara que afeta os rins e compromete a filtração adequada de proteínas no organismo é mais comum na infância, requer diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo.
Segundo o nefrologista Lazaro Silva, médico-assistente da Divisão de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), tanto crianças quanto adultos podem ter síndrome nefrótica, tendo alta prevalência em crianças, sendo considerada a doença renal mais comum nesta população.
“As crianças com síndrome nefrótica apresentam maior risco de infecções devido ao próprio status da doença e ao uso de medicações imunossupressoras que reduzem ou inibem a resposta do sistema imunológico do corpo, destacando a necessidade do acompanhamento médico”, pontuou.
O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais simples, como a análise de urina (para detecção de proteinúria) e a dosagem de albumina sérica, ambos disponíveis na rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento inicial é medicamentoso, com a utilização de corticosteroides, terapêutica amplamente disponível na rede pública de saúde. Devido ao risco aumentado de infecções, associado tanto à própria síndrome quanto à imunossupressão, é importante manter o esquema vacinal atualizado e garantir acompanhamento contínuo com nefropediatra.
Embora seja uma condição potencialmente grave, a síndrome nefrótica pode ser controlada e, na maioria dos casos pediátricos, curada, desde que diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada.
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