No sábado, dia 21 de setembro, Marabá foi uma das cidades brasileiras a sediar o Festival Paralímpico Brasileiro 2024, evento nacional que ocorre simultaneamente em várias cidades do país e promove a inclusão de pessoas com deficiência (PcD) por meio do esporte. Em comemoração ao Dia do Atleta Paralímpico, o festival tem como objetivo proporcionar o contato de crianças e jovens com modalidades paralímpicas, além de fomentar o respeito à diversidade e a valorização das habilidades de cada participante.
O evento, realizado na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), reuniu mais de 240 alunos, com e sem deficiência, das redes de ensino públicas e privadas de Marabá. A organização local do festival contou com o apoio do Projeto Marabá Paralímpico, da Secretaria Municipal de Educação (SEMED). As atividades incluíram esgrima, futebol PC e vôlei sentado, todas adaptadas para atender diferentes faixas etárias, de 7 a 17 anos, em um formato de rodízio, no qual todos os participantes puderam experimentar cada modalidade.
Luiza Crisóstomo, professora de Educação Física do Projeto Marabá Paralímpico, destaca a importância do evento.
“O Festival Paralímpico tem o objetivo de levar as crianças ao contato com o esporte paralímpico. Este ano, estamos com três modalidades e o rodízio entre elas permite que todos tenham a chance de experimentar. A ideia é criar essa interação entre alunos com e sem deficiência e mostrar para a comunidade como funcionam as modalidades paralímpicas”. Ela também ressalta que o evento, apesar de ser o primeiro de 2024, terá uma segunda edição ainda este ano, ampliando as oportunidades de inclusão por meio do esporte.
Criado em 2008, o Projeto Marabá Paralímpico é fruto de uma parceria entre a SEMED e o Estado, com o objetivo de promover a inclusão e o desenvolvimento de pessoas com deficiência através do esporte. Atualmente, o projeto conta com 92 alunos e realiza treinos diários em diferentes locais da cidade, como a própria AABB, o Colégio Alvorada e a Estação Conhecimento, no núcleo São Félix.
Durante o evento, a presença de voluntários das faculdades UNAMA, UEPA e UNIP foi fundamental para o sucesso das atividades. Alunos dos cursos de Medicina, Psicologia e Educação Física atuaram no suporte às oficinas, proporcionando uma experiência completa e segura para os participantes. “Temos 22 voluntários da UEPA, do curso de Medicina, e outros da UNAMA e UNIP, que vêm nos ajudando muito”, comentou Luiza.
Entre os participantes, o entusiasmo era visível. Thiago Rodrigues dos Santos, aluno da Escola João Anastácio de Queiroz, compartilha sua experiência.
“Eu já participei outras vezes. Sempre venho e me divirto muito, mas o vôlei é o meu preferido”. Para ele, o festival é uma oportunidade de se divertir e ao mesmo tempo aprender.
Anna Clara Ferreira, 14 anos, estudante da Escola Jonathas Pontes Athias, também destaca a importância do evento.
“Essa é a segunda vez que participo e eu acho muito legal, porque a gente aprende a se divertir, a jogar e comemorar junto com todo mundo. Hoje joguei vôlei e adorei, mas meu esporte favorito é o beach tennis”. Ela também fala da importância de comemorar o Dia do Atleta Paralímpico e como o festival proporciona novas experiências.
Enquanto Gabrielle, estudante da Escola Jonathas Pontes Athias, 16 anos, participa do festival pela terceira vez e contou como o evento é especial para ela.
“É uma experiência muito boa, porque a gente conhece pessoas novas, faz novos amigos e tem a oportunidade de se enturmar. Eu adoro a corrida, mas hoje estou curtindo muito o vôlei e a esgrima”.
O Festival Paralímpico Brasileiro é uma iniciativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que visa promover a inclusão social por meio do esporte e celebrar a diversidade. Além das atividades esportivas, o evento também contou com o apoio dos pais e professores.
“Agradecemos muito a confiança dos pais que trouxeram seus filhos para participar e das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que fazem um trabalho essencial na inscrição e apoio aos alunos com deficiência. Esse é o momento de eles se divertirem, conhecerem novas modalidades e, quem sabe, se interessarem por competições futuras”, ressalta Luiza Crisóstomo.
O festival faz parte de uma série de ações anuais do Projeto Marabá Paralímpico e segue como um importante meio de inclusão e desenvolvimento para jovens atletas da cidade, finaliza.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio
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