São Luís foi a última capital brasileira a receber, em 2024, as ações do programa federal Bota Pra Andar, iniciativa do Ministério das Cidades que tem como foco o diagnóstico de pendências e soluções que ajudem a acelerar obras paralisadas do Minha Casa Minha Vida (MCMV) em todo o país. No Maranhão, o programa foi lançado nesta segunda-feira (9), durante solenidade realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), no bairro Cohama, na capital maranhense.
Realizado em parceria com a Caixa, Banco do Brasil, entidades, construtoras e governos municipais e estaduais, o programa Bota Pra Andar chega ao Maranhão para monitorar as obras em andamento, firmar acordos para retomada da construção de obras travadas e alinhar ações que possam dar celeridade às novas contratações do MCMV.
Nesta edição, as reuniões e pactuações a serem realizadas impactarão 10.429 unidades habitacionais em empreendimentos existentes. O secretário-chefe da Casa Civil do Maranhão, Sebastião Madeira, representou o governador Carlos Brandão durante o lançamento do projeto e destacou o esforço estadual para dinamizar as obras do Governo Federal no estado.
“O programa Bota Pra Andar é um esforço para alavancar os conjuntos habitacionais que estavam parados do programa Minha Casa Minha Vida. O Governo do Maranhão faz todo o esforço. Aqui em São Luís, por exemplo, temos o Conjunto Mato Grosso, com 3 mil casas. O governo Carlos Brandão está fazendo todas as parcerias necessárias para que 3 mil famílias recebam uma casa para morar”, enfatizou Madeira.
As ações do Bota Pra Andar em São Luís acontecem em três dias seguidos. Além da cerimônia de abertura, realizada nesta segunda-feira (9), o projeto prossegue com atividades técnicas nos dias 10 e 11 de dezembro, quando serão realizadas reuniões com o governo estadual e prefeituras, para tratar de contratações do MCMV nas modalidades Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e o Minha Casa Minha Vida - Rural.
“É uma iniciativa onde tentamos promover o encontro de diferentes áreas técnicas na busca de soluções ou tratamento para obras habitacionais que se encontram no estágio paralisado ou que tenham alguma dificuldade de andamento. Recentemente o programa até evoluiu. Estamos abordando outras questões relativas às novas contratações, iniciadas na seleção do ano de 2023”, explica Giordano Zani, gerente de projetos da Secretaria Nacional de Habitação, vinculado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
Bota Pra Andar em todo o país
O Bota Pra Andar é uma iniciativa permanente do Ministério das Cidades. As edições presenciais começaram em 2024 e, ao longo do ano, foram visitados as cidades de Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS). Em 2025, a iniciativa terá continuação, com cronograma e localidades a serem definidas.
“Todas as cidades já promoveram a possibilidade de destravar algumas obras e retomá-las para a consequente entrega para as famílias beneficiárias. Dado o sucesso das edições em Belém, Cuiabá e Porto Alegre, o ministro Jader pediu para incluir o Maranhão, que é um estado de grande importância e que tem um grande número de obras que encontram-se em algum estágio de paralisação”, detalha Zani.
Para o vice-presidente da Fiema e presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz, todos os setores envolvidos com projetos do MCMV estão mobilizados para dar celeridade às obras paradas.
“É um projeto que tem tudo a ver com o setor da construção. Estaremos retomando mais de 4 mil obras paralisadas do Governo Federal. É um objetivo muito grande do Ministério das Cidades, da Caixa e do Banco do Brasil em retomar essas obras. Fizemos questão de realizar esse evento aqui para que possamos fomentar, ajudar e contribuir, por meio da Fiema”, diz Nahuz.
Minha Casa Minha Vida no Maranhão
Durante o lançamento do programa Bota Pra Andar no Maranhão, o secretário-chefe da Casa Civil do Maranhão, Sebastião Madeira, citou obras do MCMV que permaneceram paralisadas por anos no estado, e que só foram retomadas no terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um exemplo é o Residencial Canto da Serra, conjunto habitacional que teve as obras iniciadas em 2013 em Imperatriz, quando o próprio Sebastião Madeira era prefeito da cidade. “Lá em Imperatriz temos o conjunto Canto da Serra, com 2.850 casas, cujas obras foram iniciadas quando eu ainda era prefeito, em 2013. As casas já estavam com 80% de conclusão e durante todo o governo anterior foram abandonadas. Já no começo do governo Lula foram liberados R$ 200 milhões, já temos 1.700 casas prontas para entregar e as outras estão em andamento”, concluiu Madeira.
Mín. 20° Máx. 21°