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Gastão Guimarães: presença na medicina, educação e esporte

O Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG) formou milhares de professores quando contava com o Curso de Magistério e atraía estudantes de todo...

11/12/2024 às 09h28
Por: Redação Fonte: Prefeitura de Feira de Santana - BA
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Foto: Divulgação - Redes Sociais
Foto: Divulgação - Redes Sociais

O Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG) formou milhares de professores quando contava com o Curso de Magistério e atraía estudantes de todo o estado, mas é possível que poucos conheçam a história do patrono do estabelecimento que, atualmente, cumpre outra especialidade educativa.

Natural da cidade de Belmonte, no litoral baiano, extremo sul do estado, onde nasceu em 1º de janeiro de 1891, Gastão Cloves de Souza Guimarães foi uma figura de relevância na comunidade de Feira de Santana, entre as décadas de 1920 e 1950, atuando com destaque em três áreas distintas que tão bem ele dominava: medicina, educação e esporte. Interessante como ele, ao chegar a esta cidade, conseguiu abraçar, em pouco tempo, com tamanha propriedade, três atividades que exigem muito saber e energia.

Foi um verdadeiro sacerdote na prática da medicina pelo seu espírito humanitário de verdadeiro filantropo, conquistando o respeito e a amizade de quantos o procurassem. Professor de Língua Portuguesa e Literatura, exerceu sua missão de educador em sala de aula, titulando essas disciplinas no estabelecimento de ensino de maior importância da rede estadual nesta cidade, que seria batizado com seu nome: Instituto de Educação Gastão Guimarães. O IEGG, durante muito tempo, foi o principal formador de professores do interior da Bahia com o Curso de Magistério.

Graças aos seus conhecimentos e capacidade de liderança, foi diretor desse estabelecimento entre 1938 e 1943, deixando uma inabalável marca de tranquilidade e respeito. Além do Português, dominava o Latim e o Francês, dedicando-se ainda ao estudo do Grego. Muito culto e orador admirado, na morte do Monsenhor Tertuliano Carneiro da Silva, em 1933, foi Gastão Guimarães quem proferiu a Oração Fúnebre.

Todavia, independente da medicina e da educação, ele dedicava atenção a outra atividade não correlativa, o esporte, e em especial ao futebol. Assim, Gastão Guimarães deixou outra marca valiosa na cidade princesa, levando-a ao título do Campeonato Intermunicipal de Futebol de 1921, disputado no extinto Estádio das Graças, que antecedeu à Fonte Nova, em Salvador, e era a principal praça esportiva da Bahia.

O certame reuniu basicamente seleções da região do Recôncavo: Cachoeira, São Félix, São Gonçalo, Santo Amaro, Governador Mangabeira e Muritiba; duas do Sul do estado: Ilhéus e Itabuna; e Feira de Santana. Na decisão, Feira de Santana venceu Ilhéus por 1 x 0 e conquistou o título. Homem educado e participativo, dedicando-se com amor a tudo que fazia, Gastão Guimarães foi uma importante liderança na comunidade.

Casado com a senhora Palmira Guimarães, ele faleceu aos 63 anos de idade, em 24 de agosto de 1954, mesma data de falecimento do presidente Getúlio Dornelles Vargas. O casal teve quatro filhos: Itan, Arminda, Unapetinga e Niá. Filho da professora Arminda Alencar, portanto neto de Gastão Guimarães, Helder Alencar (falecido) destacou-se como advogado, jornalista e escritor, tendo ocupado uma secretaria municipal na gestão do prefeito Joselito Falcão de Amorim e sido procurador da Universidade Estadual de Feira de Santana.

Por Zadir Marques Porto



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