Equipes da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) estão realizando visitas prévias para comunidades selecionadas pelo programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) nos territórios Vale do Sambito e Vale do Rio Guaribas. As visitas se iniciaram na segunda-feira (10) e seguem até esta sexta-feira (14).
As visitas tem como objetivo identificar a situação das comunidades e iniciar o plano de elaboração produtiva das localidades. O PSI selecionou 218 entidades que receberão um aporte de até R$ 400 mil para a instalação de projetos de energias renováveis, infraestrutura hídrica, equipamentos para melhoramento no projeto produtivo, dentre outros.
Nesta semana, as visitas ocorreram em associações dos municípios de Inhuma, Valença do Piauí, Barra D’Alcântara e Pimenteiras, no território Vale do Sambito, e nos municípios de Alagoinha do Piauí, Campo Grande do Piauí, Francisco Santos e São José do Piauí, no território Vale do Rio Guaribas.
Uma das visitas realizadas foi na Associação dos Pequenos Trabalhadores e Criadores Rurais dos Aceiros, no município de Inhuma. Por lá, a equipe identificou que a água é o principal componente para a produção na comunidade e o investimento vai permitir a construção de infraestrutura que permita que a produção das famílias seja com menor custo, com maior efetividade e com maior regularidade. A maior parte dos moradores da comunidade trabalha com a agricultura familiar e tiram sua renda através da produção de mandioca e da criação de aves e suínos.
O superintendente de Projetos Territoriais da SAF, Jairo Chagas, participou da visita e destacou que foi identificada uma boa organização na associação e que, por isso, ela está apta para receber os investimentos do projeto.
“Foi um momento muito rico, de muita troca entre a comunidade e a equipe técnica. A comunidade está apta para receber o projeto, tem um nível de organização da associação bem avançado, está regularizada. Então, é oportuno que a gente consiga avançar na elaboração do plano de adaptação produtiva,” falou.
Outra associação beneficiada foi a de Moradores e Agricultores da Comunidade Banguês, também do município de Inhuma.
João Pedro é um dos agricultores familiares que faz parte da associação e destacou como o programa promoverá o desenvolvimento econômico na sua região.
“O Piauí Sustentável Inclusivo é uma iniciativa essencial para promover o desenvolvimento econômico, preservação ambiental e a inclusão social, gerando oportunidades para todos, especialmente para os mais vulneráveis, fortalecendo setores como infraestrutura, educação, emprego. Espero que esse programa traga impactos reais e duradores, além também de uma boa renda familiar,” disse.
No território Vale do Canindé, além das duas associações de Inhuma, também foram visitadas as associações de Pequenos Produtores Rurais São José, em Valença do Piauí; dos Moradores da Localidade Caraibinha, em Barra D’Alcântara; das localidades Caldeirão do Saco, Caatinga do Sitio Aceiro e Ema, em Inhuma, dos Pequenos Produtores Rurais do Turiaçú, em Inhuma e de Pequenos Produtores do Maquiné, em Pimenteiras.
Já no território Vale do Rio Guaribas, foram visitadas duas associações em Alagoinha do Piauí: de Pequenos Produtores de Serra do Jatobá e Serra Velha I e de Moradores de Serra Velha I. Em Campo Grande do Piauí, foram feitas visitas na Associação dos Remanescentes de Quilombos da Comunidade São José. Já em Francisco Santos, as visitas foram na escola de Formação Paulo de Tarso e Associação de Lavradores Chupeiro. Em São José do Piauí, foi visitada a Associação Afrodescendentes de Negros Quilombolas de Alto da Boa Vista.
Na próxima semana, as visitas seguem em outras comunidades dos territórios Vale do Rio Guaribas e Vale do Sambito. Desde novembro de 2024, quando iniciaram essas ações, foram feitas 45 visitas a associações selecionadas.
Piauí Sustentável e Inclusivo
O Programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) é uma iniciativa do Governo do Estado e foca em melhorar a convivência com o semiárido e a adaptação frente às mudanças climáticas.
Estruturado em três componentes principais, o projeto conta também com a gestão de projetos e monitoramento. O primeiro componente foca em segurança hídrica e saneamento rural, visando aumentar a disponibilidade de água e melhorar o saneamento básico rural.
O segundo componente concentra-se em adaptação às mudanças climáticas e recuperação ambiental, promovendo planos de adaptação produtiva, transferência de tecnologias e fortalecimento de cooperativas.
Já o terceiro componente, abrange capacitação, estudos técnicos e ambientais, além de experiências-piloto para inovação tecnológica em áreas rurais, visando fortalecer as capacidades no estado com treinamentos, promoção de intercâmbios, gestão do conhecimento e o monitoramento do projeto.
Para financiar o projeto, o Estado do Piauí assinou um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo de Investimento para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida) no valor de US$ 118 milhões, com o governo estadual aportando recursos próprios no valor de US$ 29,5 milhões, totalizando US$ 147,5 milhões.
O PSI é uma ação articulada entre a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), Secretaria do Planejamento (Seplan), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto de Terras do Piauí (Interpi).
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