

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes) iniciou, nesta semana, o processo de implantação do Sistema Integrado para Produção de Alimentos, conhecido como Sisteminha, nas quatro hortas comunitárias de Vitória da Conquista. A iniciativa será executada em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), no âmbito da Estratégia Alimenta Cidades e do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.
De acordo com a coordenadora da Cosan, Karine Barros, a implantação do Sisteminha integra o conjunto de iniciativas de fortalecimento da Política de Segurança Alimentar e Nutricional do município. “O projeto vem para consolidar um modelo de produção sustentável e acessível. O Sisteminha vai permitir que as famílias produzam alimentos de qualidade, diversifiquem suas atividades e ainda possam gerar renda com o excedente. É um passo importante dentro da política municipal de segurança alimentar e agricultura urbana”, destacou a coordenadora.
Nesta etapa do processo de implantação, foi realizada uma série de encontros com os agricultores que atuam nas hortas comunitárias do Jardim Valéria, Vila América, Recanto das Águas e Kadija, com o objetivo de apresentar o projeto, orientar sobre a metodologia de produção e cadastrar os interessados em coordenar a instalação das estruturas nos espaços das hortas.
Na horta do Jardim Valéria, a agricultora Maria Rodrigues será a responsável por representar os demais agricultores do bairro durante o processo de instalação do Sisteminha. Segundo ela, esse projeto representa novas possibilidades de produção para os pequenos agricultores. “É um projeto que vai ser bom para nós. Vai ser um incentivo para a gente produzir mais, servirá para alimentação e uma renda extra também. A nossa expectativa é alta, vai aumentar um pouco o trabalho na horta, mas vai valer a pena. É um investimento que trará resultado no futuro”, avaliou.
Já a agricultora do Vila América, Ana Lúcia Santos, destacou a importância do apoio técnico para a realização desse sistema de produção. “Penso que será muito positivo para nós, pois já tentamos outras iniciativas, como o orquidário e a produção de mel, que não obtiveram sucesso. Tenho certeza de que esta iniciativa do Sisteminha será muito bem recebida. Aguardamos ansiosamente e faremos o possível para que dê certo”, afirmou Ana Lúcia.
Para a agricultora do Recanto das Águas, Sandra Maria Ferreira,o Sistema também trará aprendizado e fortalecimento da produção. “É muito bacana. É algo que trará um conhecimento para nós agricultores, também será importante para complementar nossa renda. Eu já crio galinhas no meu quintal, então estou com boas expectativas para receber essa iniciativa aqui na horta também”, contou Sandra Maria.
No bairro Kadija, a agricultora Luciene da Silva ressaltou que a chegada irá impactar diretamente as famílias de baixa renda que são beneficiadas pelas hortas comunitárias. “É uma surpresa muito boa. Vai ser uma renda a mais para nós, para a nossa família. Eu gostei muito da ideia porque, quanto mais lucro, melhor para a população de baixa renda da horta. Eu acho muito valioso e, com certeza, a gente vai abraçar essa causa aí com muito carinho para dar continuidade”, relatou Luciene da Silva.
O Sisteminha em Vitória da Conquista
Desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o Sisteminha é uma tecnologia social voltada à produção de alimentos em pequenos espaços urbanos ou rurais.
O modelo integra diferentes módulos produtivos, como tanque de piscicultura, criação de aves, cultivo de hortaliças, composteira e minhocário, que funcionam de forma complementar, aproveitando os resíduos de um módulo para alimentar outro, formando um ciclo sustentável e de baixo custo.
Em Vitória da Conquista, a implantação do Sisteminha nas hortas comunitárias será conduzida pela Cosan, com o suporte técnico da Embrapa e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Cada horta será estruturada para abrigar os módulos previstos no sistema, de modo a integrar produção vegetal e animal, além de promover capacitação técnica e acompanhamento permanente das famílias participantes.
Além das hortas comunitárias, o projeto também contempla terreiros urbanos do município, que foram selecionados conforme critérios do Sisteminha, em articulação com a Coordenação de Promoção da Igualdade Racial (Coopir). Os terreiros selecionados também vão passar pelo mesmo processo de implantação com orientações técnicas e acompanhamento contínuo.
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