

A 40ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) chegou ao seu terceiro dia, levando cultura e arte pelas ruas da cidade histórica e mostrando também sua força econômica. Segundo a organização do evento, estima-se que, em média, o festival movimente R$5 milhões por dia durante a festividade. Enquanto 113 artistas se apresentaram nas praças São Francisco, Matriz, Bandeira e Carmo, 124 vendedores ambulantes atuam no Centro Histórico com a venda de alimentos, bebidas e artesanatos, o que impulsiona a circulação de recursos financeiros junto com outros setores do comércio, hospedagem e transporte.
No comércio local, a preparação para o festival já gera mudanças meses antes. Walleria Macario, professora e gerente do Educafé, espaço adaptado especialmente para o evento, relata que o aumento da demanda modificou a estrutura de trabalho. “Esse lugar é a cantina de uma escola, que é transformada desde o retorno do Fasc. Aqui a gente começou com três pessoas, hoje somos 15 pessoas trabalhando. Fizemos um investimento grande tanto na captação de recursos humanos quanto de insumos para esse Fasc, especialmente. A gente tem percebido que esse Fasc deu um boom no número de pessoas, no número de serviços e de atendimentos que a gente tem prestado. Durante esses dias, a gente também tem feito com que a economia local se desenvolva, comprando insumos produzidos pela própria comunidade e pelos povoados das adjacências”, afirmou.
Os 124 ambulantes que participam do evento foram distribuídos em pontos estratégicos, comercializando drinks, alimentos preparados, artesanato e outros produtos. Entre eles está Silvania, vendedora de churros, que está presente em diversos eventos culturais no estado e estreou no Fasc neste ano. “Foi uma experiência tão boa que valeu até pelos anos que virão. A festa está linda, bem organizada, e as pessoas passam por aqui e conhecem o nosso trabalho entre um show e outro. Quem vende aproveita o retorno financeiro, claro, mas também os diversos espaços e atrativos. Está sendo maravilhoso e, no próximo, estarei aqui novamente”, contou.
Na Sala dos Saberes e Fazeres, artesãos também registraram aumento na procura. Artesã de 73 anos, Dona Fátima, que atua desde a criação do espaço, trabalha com tererê, brincos, colares, lápis decorados, peças em palha indígena e sabonetes naturais. “O trabalho é a minha cultura, e eu trago a minha cultura, o que eu vivo, para as peças. É um momento esperado por todas as pessoas que atuam com artesanato, porque é quando a gente vende bastante. O Fasc tem uma mistura que é muito bonita, e está até no slogan: ‘na cultura a gente se encontra’. Se a festa é boa, melhora também para o artesanato, gastronomia, cultura, quem trabalha com arte. As pessoas vêm e se interessam em viver mais do festival, e chegam aqui com vontade de conhecer o nosso trabalho”, destacou.
A presença de turistas também movimenta patrimônios gastronômicos de São Cristóvão. Vera Maria Gomes, responsável há 15 anos pela loja de bricelets, afirma que o período é determinante para o faturamento anual. “As vendas estão sendo muito boas. Sempre dizemos que o Fasc é o nosso 13º salário, porque é dessa renda que a gente consegue sobreviver durante o ano. A gente guarda para manter durante o ano inteiro. Nesses quatro dias, tiramos nosso sustento”, afirmou.
Além dos comerciantes fixos e ambulantes, hospedarias, restaurantes, bares, lojas e prestadores de serviços também registraram aumento na procura. Para Alisson Rocha, que aluga imóveis na cidade, o evento confere dinamismo econômico à cidade. “O Fasc impacta de uma forma bem positiva, porque ajuda os moradores de uma forma geral. A economia cresce com isso, e é muito importante para o desenvolvimento da nossa cidade. A procura dos turistas é muito grande durante toda a semana, e eles sempre perguntam se tem casa para alugar. Essa está sendo realmente uma edição histórica, com um resultado que só melhora a cada ano”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Josenito Oliveira, reforça o alcance da cadeia produtiva ativada pelo festival. “O impacto do Fasc na economia de São Cristóvão é bastante significativo e vai além das divisas do município, atingindo também o estado, no caso das hotelarias para os artistas, dos meios de transporte e dos diversos trabalhadores que vêm a São Cristóvão comercializar seus produtos, seja artesanato ou outros itens que as pessoas desejam comprar. Dentro da cidade, isso movimenta todo o comércio, e muitos empregos temporários são gerados durante o festival. O Fasc é muito rico nesse sentido, diversificando a cultura. A economia criativa tem um poder muito grande de multiplicar emprego e renda, e em São Cristóvão não é diferente”, apontou.
Sobre o Fasc
O Festival de Artes de São Cristóvão consolidou-se desde a década de 1970 como um dos maiores encontros culturais do Nordeste, reunindo artistas locais e de diversas partes do país em múltiplas linguagens artísticas. Após um intervalo em 2005, o evento retornou em 2017, reafirmando o papel de São Cristóvão como um importante polo de produção e difusão cultural no Brasil.
Com palcos espalhados pelo Centro Histórico e também em diferentes bairros, o Fasc oferece uma vivência completa, que integra música, teatro, dança, literatura, artes visuais, cinema e outras expressões, celebrando a riqueza cultural da quarta cidade mais antiga do país.
O Fasc é apresentado pelo Ministério da Cultura, com realização da Prefeitura de São Cristóvão, por intermédio da Fundação Municipal do Patrimônio e da Cultura João Bebe Água (Fumpac) e do Encontro Sancristovense de Cultura Popular e Outras Artes (Escoa); Governo do Estado de Sergipe, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e Governo do Brasil. O Festival conta ainda com patrocínio da Celi, Banco do Nordeste, Iguá Sergipe, Ecoparque Sergipe e Caixa. O apoio fica por conta da SE – Sistema Engenharia, Colortex Tintas, Unir Locações e Serviços e Vitória Transportes.

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