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Ação Social Sergipe

Seasic realiza 1ª entrega do PAA 2025 com doações de alimentos a comunidades de terreiro em Aracaju

Entrega marca início das ações do PAA em Sergipe, com alimentos provenientes da agricultura familiar de Cristinápolis, distribuídos a comunidades d...

10/06/2025 às 23h56
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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Edital público do PAA contemplou 20 agricultores familiares de Cristinápolis. Investimento foi de mais de R$ 3 milhões / Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Edital público do PAA contemplou 20 agricultores familiares de Cristinápolis. Investimento foi de mais de R$ 3 milhões / Foto: Jhonny Oliveira/Seasic

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic) realizou, na última segunda-feira, 9, a primeira entrega do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em 2025, contemplando duas comunidades em Aracaju. A ação marcou o início das distribuições da nova edição do programa no estado.

Receberam os alimentos a Associação Comunitária de Ensino e Cultura Paz & Bem, com quatro toneladas de alimentos, e o Candomblé Ilê Asé Oju Iya Oya Mesadepo, com 800 quilos. Os produtos são oriundos do município de Cristinápolis, onde, pela manhã, já haviam sido entregues a instituições como o CRAS, CREAS e a Casa Lar Maria Dantas Pinheiro, totalizando mais de 11 toneladas. 

Os alimentos foram adquiridos diretamente de 20 agricultores familiares locais, selecionados por meio do edital público do PAA, com investimento superior a R$ 3 milhões. A política pública, é executada com recursos federais e coordenação estadual e une o fortalecimento da agricultura familiar à promoção da segurança alimentar e nutricional.

A atual edição do PAA contempla, em todo o estado, 185 entidades socioassistenciais e 246 agricultores familiares beneficiados. A entrega simultânea reforça o princípio de solidariedade e sustentabilidade: os alimentos são comprados diretamente dos produtores e repassados, sem custo, a organizações que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.

A ekedi Gerlani Matos, do Ilê Asé Oyá Mêsãdêpô, destacou que o terreiro é também uma casa de acolhimento para pessoas em situação de abandono ou rejeição familiar. Hoje, 27 pessoas vivem no local, onde recebem abrigo, refeições e cuidados espirituais e sociais. “Quero agradecer à Seasic e à secretária Érica Mitidieri, por olhar com carinho para a gente, que é tão marginalizado e esquecido pela sociedade”, declarou.

Na Associação Comunitária Paz & Bem, que atende famílias do bairro Santos Dumont, em Aracaju, os alimentos beneficiarão diretamente 169 famílias cadastradas. O presidente Lucas dos Santos explicou que a distribuição é feita com equidade, alcançando tanto a comunidade quanto terreiros da região. “Tem gente que não tem nada na mesa e, agora,  vai ter um momento de alegria”, disse. 

A associada Tânia Maria Almeida reforçou a importância das doações para as famílias locais. “Essa doação chegou numa hora muito boa. Tem muita gente que não tem nem um milho pra comer”, contou.

A iniciativa também alcança casas de axé que serão beneficiadas por meio da articulação da associação comunitária. Valquíria Joana, mãe pequena do Ilê Axé Águas de Ifé, lembrou que o gesto vai além do alimento. “Nossa religião não é só vestir o branco. É muito mais que isso, é solidariedade e acolhimento”, relatou.

Já Maria Edlúcia, yabassê do Ilê Axé Talamegê, comentou que esse reconhecimento representa também uma reparação simbólica. “Para falar a verdade, é a primeira vez que vejo a comunidade do meu terreiro ter a possibilidade de ser beneficiada dessa maneira”, afirmou.

Para Ianne Cavalcante, coordenadora de promoção da igualdade racial da Seasic, a ação demonstra na prática o comprometimento da pasta com a segurança alimentar dos povos de matriz africana. “Esses alimentos são provenientes da agricultura familiar e  agora chegam aos povos de terreiros também. É um compromisso da Seasic garantir segurança alimentar para essas comunidades e isso está sendo demonstrado”, declarou.

A secretária de Assistência Social, Érica Mitidieri, reforçou que ações como essa têm impacto direto na vida das pessoas e são parte de um esforço para combater a fome com respeito às diversidades. “Estamos construindo uma política pública sensível às realidades do povo. Levar alimento aos terreiros, reconhecer sua função social e acolhedora, é também combater o preconceito e afirmar os direitos dessas comunidades”, concluiu. 

Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
Foto: Jhonny Oliveira/Seasic
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