O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), em parceria com a Fundação Casa de José Américo (FCJA), deu mais um passo, nesta terça-feira (18), de incentivo ao artesanato paraibano. Após o encerramento das oficinas do projeto Renda-se 2024, foram entregues os certificados de conclusão dos cursos e assinado o termo de compromisso para a renovação do convênio que permite a realização de novas oficinas neste ano.
Na oportunidade, na área externa da FCJA, houve uma exposição com as peças confeccionadas durante os cursos de renda Filé e Bilro, destinados preferencialmente às mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, que há três anos acontecem na fundação em parceria com a Sedh.
A gerente executiva do Museu da Fundação, curadora do artesanato paraibano e madrinha do Renda-se, Janete Lins, destacou a importância do Projeto. “É uma ação de grande importância porque mexe com a vida das pessoas. Um Projeto voltado, especialmente, para mulheres que moram na periferia, que vivem numa situação precária, dominantemente, sem opção, sem profissão... E, com o nosso Projeto, com a carteirinha de artesã, elas adquirem dignidade, cidadania, transformam a vida”.
Na ocasião, a secretária estadual do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Werton, ressaltou a riqueza que é o artesanato paraibano e não só renovou a parceria, mas também aprovou a ampliação das oficinas este ano. “A renda gerada pelo trabalho traz direito às pessoas. E se a gente não empoderar quem está lá na periferia, não vai ter sentido a nossa luta”.
O presidente da FCJA, Fernando Moura, disse não se tratar apenas do encerramento de um ciclo de vida, mas principalmente do início de outro ciclo. “A partir de agora essas mulheres terão perspectivas infinitamente maiores que há um ano atrás”, afirmou.
Emocionada, a professora Maria Fialho, que iniciou o Projeto com a renda Filé e hoje exporta peças para Nova York, falou o quanto é grata ao Governo da Paraíba “por ter transformado a minha vida e a de tantas outras mulheres e famílias, através do Filé”.
E não só as mulheres podem ser contempladas com o Projeto. Eufrázio Félix da Silva Filho, de 69 anos, participou do curso no ano passado. “Pra mim foi muito importante porque eu precisava de uma ocupação e a minha referência foi o Filé e estou muito satisfeito!”, frisou.
A coordenadora do Renda-se, Katzumy Lia Fook, explicou que o Projeto oferece ainda um crescimento emocional. “As alunas têm muita deficiência de afeto, de carinho, financeiro e vir para cá é mais que uma aula; é uma terapia. Aqui a gente acolhe, faz dinâmica de grupo, então há um fortalecimento emocional também”, finalizou.
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