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Maternidade Nossa Senhora de Lourdes orienta sobre cuidados para evitar pré-eclâmpsia e síndrome Hellp

A pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão alta associada à disfunção de órgãos, como o fígado e os rins

12/03/2025 às 18h48
Por: Redação Fonte: Secom Sergipe
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A pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão alta associada à disfunção de órgãos, como o fígado e os rins // Fotos: Ascom/ SES
A pré-eclâmpsia é caracterizada por pressão alta associada à disfunção de órgãos, como o fígado e os rins // Fotos: Ascom/ SES

A pré-eclâmpsia é uma condição que pode evoluir para a síndrome Hellp, uma complicação grave da gestação. Diante disso, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), equipamento de alta complexidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), orienta gestantes de alto risco quanto aos cuidados necessários para prevenir distúrbios hipertensivos na gravidez.

De acordo com a ginecologista e obstetra, Glícia Ramos, a pré-eclâmpsia é uma complicação médica que ocorre durante a gravidez, geralmente após a 20ª semana de gestação, e é caracterizada por hipertensão arterial (pressão arterial elevada) e disfunção de órgãos, como o fígado e os rins. “É uma condição grave que pode afetar a saúde da mãe e do feto. A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto”, explicou.

Os sintomas da pré-eclâmpsia podem incluir pressão arterial elevada, quando geralmente é maior do que 140x90 mmHg; proteinúria, isso ocorre quando há uma quantidade excessiva de proteína na urina; inchaço (edema), embora o inchaço seja comum durante a gravidez, um inchaço repentino e acentuado nas mãos, rosto, pernas ou pés pode ser um sinal de pré-eclâmpsia; dor de cabeça persistente e quando acompanhada de outros sintomas, pode ser um sinal de alerta; problemas de visão, pode incluir visão turva, pontos cegos, sensibilidade à luz ou outros problemas visuais; dor abdominal, que pode indicar danos no fígado; náusea e vômitos (em casos graves).

Síndrome Hellp

 A síndrome Hellp é uma possível complicação grave da pré-eclâmpsia . “Normalmente representa uma forma grave de pré-eclâmpsia, mas a relação entre os dois distúrbios permanece controversa, porque até de 15% a 20% das pacientes com Hellp não têm hipertensão ou proteinúria antecedentes. As complicações maternas estão relacionadas, principalmente, ao maior risco de sangramento. Já as complicações neonatais, geralmente, estão relacionadas à idade gestacional no nascimento, que é comumente prematura”, disse Glícia.

Para a médica, o atendimento a gestantes com pré-eclâmpsia é uma realidade diária na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, única maternidade do estado que é referência para gestantes de alto risco. “Com a implantação do prontuário eletrônico, poderemos ter mais acesso aos dados das pacientes e futuramente teremos os números que mostrarão os atendimentos que prestamos a nossas gestantes por enfermidade”, citou.

Recomendações

O Ministério da Saúde (MS) recomendou desde de fevereiro deste ano, que todas as gestantes façam suplementação de cálcio para prevenir a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia. A nova estratégia está sendo adotada no pré-natal do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse novo protocolo busca reduzir a morbimortalidade materna e infantil, especialmente entre a população negra e indígena, já que o cálcio ajuda a regular o metabolismo, mantendo a pressão arterial em níveis normais. “As gestantes devem tomar dois comprimidos de carbonato de cálcio 1.250 mg por dia a partir da 12ª semana de gestação até o parto. Essa dose garante a ingestão de 1.000 mg de cálcio elementar por dia, o que é a quantidade mínima necessária para reduzir o risco de complicações”, explicou a ginecologista.

De acordo com Glícia, a orientação já era seguida pelo Ministério da Saúde, mas a prescrição era feita apenas para gestantes com risco detectado. “A mudança para a prescrição universal se baseia em pesquisas oficiais que mostram que tanto as adolescentes quanto as mulheres adultas no Brasil consomem menos da metade da quantidade recomendada de cálcio por dia. As gestantes também devem manter a suplementação de ácido fólico e ferro, mas precisam ficar atentas, já que o cálcio e o ferro devem ser tomados em ocasiões diferentes, para não prejudicar sua absorção”, ressaltou.

Marielle Martins foi internada na MNSL com 30 semanas de gestação após a identificação de uma pré-eclâmpsia no pré-natal realizado no SUS de Estância. “Eu estava com a pressão muito alta e vim para cá para fazer o tratamento e somente quando estava com 36 semanas que foi realizado o parto de Louise. Ela nasceu prematura em 26 de janeiro, mas está bem. Estamos no tratamento do Método Canguru, graças a Deus, correu tudo bem conosco e espero que logo ela receba alta hospitalar”, contou Marielle.

Mariele
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Glícia Ramos
Glícia Ramos
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